Pai com 95% do corpo queimado em incêndio no DF está inconsciente
Informação é da tia de Daniel. Ela diz que os médicos deram poucas chances de vida a ele. Chamas em Samambaia mataram uma criança
atualizado
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O incêndio em Samambaia que matou uma criança e deixou outras duas bastante machucadas também levou para o UTI do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Daniel Pereira Lopes, de 35 anos. Segundo uma tia dele, o rapaz está com 95% do corpo queimado e se encontra inconsciente.
“Ele foi levado ao Hran e o estado é gravíssimo. Segundo os médicos, está com 95% do corpo queimado. Está inconsciente na UTI. A equipe do hospital não nos deu esperança de vida. Estamos muito abalados”, disse a comerciante Arlete Pereira Alves, 60 anos.
Ao Metrópoles, Arlete disse que ainda não teve contato com a mãe das crianças, Romária Pereira da Silva, de 31 anos, nem com os outros pequenos que também ficaram queimados. “Só soubemos que o menino de 4 anos também está bastante ferido, mas eles e a mãe estão bem”, informou.
As chamas tomaram conta da casa da família, no conjunto 17 da QR 425 de Samambaia, por volta das 20h domingo (23/02/2020). Ainda não se sabe as causas do incêndio, mas as equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e do Instituto de Criminalística, da Polícia Civil (PCDF), já fizeram as perícias. A residência teve quatro cômodos totalmente queimados: sala, cozinha e dois quartos.
O caso
De acordo com os bombeiros, cinco pessoas receberam atendimento. Daniel teve 95% do corpo queimado, enquanto uma bebê de seis meses sofreu queimadura de 2° grau no rosto e braço e as chamas atingiram 70% do corpo de outra criança de 4 anos.
Uma menina, identificada como Kyara Pereira, de 2 anos, morreu no local. A mãe das crianças, Romária, estava em estado de choque e foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga, mas já conseguiu liberação.
Daniel era pai da bebê e padrasto das outras crianças.
Os moradores da rua tentaram apagar as chamas que consumiram o imóvel. Segundo uma vizinha, chovia muito no momento que o fogo começou.
“Senti um cheiro forte de fumaça e pensei que pudesse ser da minha casa. Quando saímos no portão, vimos aquela fumaça densa e escura na casa deles. Foi desesperador. A vizinha de porta acordou com o cheiro e não parava de gritar pedindo por socorro”, lembra.
No mesmo momento, a mãe das crianças vinha andando na rua e foi avisada de que a casa estava pegando fogo. “Começamos a bater forte no portão por imaginar que as crianças estavam lá dentro. A mãe rolava na água da chuva no asfalto para se molhar e entrar dentro da casa”, diz a vizinha.
De acordo com informações preliminares da polícia, Daniel também estaria fora da residência no momento em que as chamas começaram.