1 de 1 Foto de bicicleta de criança de três anos que foi agredida pelo padrasto e morreu
- Foto: PCDF/Divulgação
Um padrasto foi preso após matar o enteado, uma criança de 3 anos, em Ceilândia, nesta terça-feira (8/11). O menino foi agredido após reclamar a falta da mãe. O homem levou a vítima ao hospital e ainda mentiu, dizendo que a vítima teria caído de bicicleta. Porém, confrontado, admitiu o crime e acabou preso.
O padrasto, que tem 24 anos, ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no início da tarde desta terça, contando que a criança havia caído de bicicleta e batido a cabeça no chão. O garoto foi atendido e encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), já em parada cardiorrespiratória. A morte foi confirmada logo depois.
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Em 2008, a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, chocou o Brasil. Após voltar de um passeio com o pai, Alexandre Nardoni, com a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e com os dois meios-irmãos, Isabella foi arremessada do sexto andar do prédio onde o progenitor morava. A menina foi encontrada, ainda com vida, pelo porteiro do edifício, mas não resistiu aos ferimentos
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Durante as investigações, Alexandre e Anna Carolina Jatobá chegaram a acusar a presença de um intruso no imóvel. Contudo, a perícia indicou que não havia desconhecidos no local e apontou o pai e a madrasta da menina como responsáveis pelo crime. Ambos foram presos por homicídio doloso qualificado por motivo torpe, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima
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Em 2014, a morte de Bernardo Boldrini, de 11 anos, causou comoção nacional. Isso porque o menino foi assassinado pelo próprio pai, o médico cirurgião Leonardo Boldrini, e a esposa dele, a enfermeira Graciele Ugoline, para não tocar na herança que a mãe de Bernardo deixou após a morte, em 2010
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Durante as investigações, ficou constatado que Leonardo e Graciele aplicaram altas doses de sedativo na criança e enterraram o corpo em uma cova com soda cáustica. Além disso, foi comprovado o envolvimento de Edelvânia Wirganowicz e Evandro Wirganowicz, amigos de Graciele, no crime. Todos foram condenados
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Em 2019, o assassinato cruel de Rhuan Maycon, de 9 anos, causou perplexidade. O menino foi esquartejado pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, e pela namorada dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, na casa em que viviam em Samambaia, Distrito Federal
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A perícia constatou que além de toda crueldade que Rhuan enfrentou antes de morrer, ele ainda levou 12 facadas e teve o pênis arrancado. Partes do corpo da criança estava em uma mala na casa e outras partes foram encontradas em uma mochila, próxima à residência. Durante a prisão, a mãe do menino chegou a afirmar que o odiava
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Rosana foi condenada a 65 anos de prisão e a namorada dela, Kacyla Priscyla, a 64 anos. Ambas respondem por lesão corporal gravíssima duplamente qualificada e majorada, homicídio triplamente qualificado e majorado, destruição e ocultação de cadáver e fraude processual
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A menina foi assassinada por policiais enquanto estava dentro de uma kombi com a mãe, no complexo do Alemão. A menina levou um tiro nas costas e chegou a ser encaminhada para o hospital, mas morreu no dia seguinte
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Durante a perícia, ficou constatado que a bala saiu da arma de um policial militar. Após a informação, a corporação informou que o crime, na verdade, foi um “erro de execução”. O militar Rodrigo José de Matos Soares se tornou réu por homicídio qualificado, mas o caso só começou a caminhar em fevereiro de 2022
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Em 2020, a morte de Miguel Otávio, de 5 anos, chocou o Brasil. O crime aconteceu após a mãe do menino sair para passear com os cachorros da empregadora Sari Gaspar Corte Real, esposa do ex-prefeito de Tamandaré Sérgio Hacker (PSB). Miguel teria ficado no apartamento com a mulher, no entanto, após ser deixado sozinho, o menino subiu para o nono andar do prédio, que não tinha proteção, e caiu de uma altura de 35 metros
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Sari chegou a ser presa em flagrante por homicídio culposo, mas pagou fiança e foi liberada. Após as investigações, o Ministério Público de Pernambuco determinou que a mulher respondesse por abandono de incapaz com resultado de morte. No entanto, o caso ainda segue sem condenação judicial
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Em 8 de março de 2021, Henry Borel, de 4 anos, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, a mãe do menino, Monique, e o padrasto, Jairinho, disseram à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico e precisava de socorro
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Henry Borel
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Jairinho e Monique foram presos e respondem por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica. O caso aguarda para ser julgado pela Justiça
Como as lesões identificadas eram incompatíveis com a versão do adulto, os médicos chamara a Polícia Civil. O suspeito foi conduzido à 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), onde assumiu a autoria do crime.
“As lesões estavam incompatíveis com o que ele narrou no hospital, então a gente o conduziu para a delegacia. Lá, ele acabou admitindo que se excedeu e agrediu a criança, que caiu e bateu a cabeça na quina do rodapé na cozinha”, explica o delegado Vítor de Mello, que lavrou o flagrante.
O padrasto alegou que não tinha intenção de matar o menino e que queria “corrigir” o comportamento da criança, após uma “birra” pela ausência da mãe. “Ele foi autuado por homicídio qualificado. São lesões grandes, que nem condizem com essa versão que ele contou, mas vamos aguardar o laudo cadavérico para entender melhor”, detalha Vítor.
A mãe do pequeno havia saído para trabalhar, em Taguatinga, quando recebeu ligação do homem, informando a versão inventada sobre a queda de bicicleta. Ela voltou para casa imediatamente e, depois, foi comunicada sobre a morte do filho. Ouvida na delegacia, a mãe foi liberada.
O homicídio cometido pelo padrasto tem dois qualificadores que aumentam a pena: impossibilidade de defesa da vítima e motivo fútil.