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Pacientes internados com dengue são deixados em corredor de UPA do DF

Além da falta de profissionais, pacientes da UPA do Gama relatam descaso em atendimento e enfermos deixados nos corredores da unidade

atualizado

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Uma paciente que está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, relata grande descaso da unidade com os enfermos. Segundo ela, a UPA está sem médicos e várias pessoas que estão com dengue são deixadas esquecidas nos corredores e sem perspectivas de serem atendidas. 
1 de 1 Uma paciente que está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, relata grande descaso da unidade com os enfermos. Segundo ela, a UPA está sem médicos e várias pessoas que estão com dengue são deixadas esquecidas nos corredores e sem perspectivas de serem atendidas.  - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Uma paciente que está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama relatou descaso. Segundo ela, a UPA está sem médicos, e várias pessoas com dengue são deixadas esquecidas nos corredores, sem perspectivas de assistência profissional.

A paciente, de 25 anos, que preferiu não se identificar, diz que seu quadro de saúde é crítico e necessita de atendimento imediato. A denunciante foi internada em seu sexto dia de dengue, após apresentar grande queda de plaquetas. “Me internei ontem, além das baixas plaquetas, estava vomitando, e com dores abdominais e nas costas. Meu fígado também está inflamado e inchado” disse.

Apesar dos problemas, a unidade em que está internada não apresenta profissionais para acompanhar sua enfermidade. “Mandaram tomar medicação na veia e soro com vitaminas. Pediram para repetir o exame de sangue na madrugada para verificar a quantidade de plaquetas, mas ficou por isso mesmo.”

A paciente só conseguiu realizar os exames na tarde desta quarta-feira (27/3), mas ainda não sabe como está seu quadro de saúde atual por falta de médicos na unidade.

Além disso, o acesso colocado numa veia dela segue exposto e sem medicamentos. “Acabei de perguntar para o profissional que ainda não me examinou se é normal eu estar com o acesso sem medicamento desde manhã cedo, e ele respondeu que não, mas também não fez nada”, pontuou.

“Agora, estou aqui internada no corredor e sentada num banco de ferro. É uma negligência muito grande”, completou.

Veja:

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A paciente foi internada em seu sexto dia de dengue após apresentar uma grande queda de plaquetas
O acesso a veia de Beatriz segue exposto e sem medicamentos
A paciente só conseguiu realizar os exames na tarde desta quarta-feira (27/3), mas ainda não sabe como está seu quadro de saúde atual por falta de médicos na unidade
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A UPA está sem médicos e várias pessoas que estão com dengue são deixadas esquecidas nos corredores e sem perspectivas de serem atendidas

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A paciente foi internada em seu sexto dia de dengue após apresentar uma grande queda de plaquetas

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O acesso a veia de Beatriz segue exposto e sem medicamentos

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A paciente só conseguiu realizar os exames na tarde desta quarta-feira (27/3), mas ainda não sabe como está seu quadro de saúde atual por falta de médicos na unidade

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O Metrópoles procurou o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pelas Unidades de Pronto Atendimento.

Por meio de nota o Iges-DF respondeu:

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) esclarece que, devido à epidemia de dengue e à alta demanda de pacientes em todas as unidades de saúde, todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) têm operado acima de sua capacidade.
A UPA do Gama, que possui dois leitos de estabilização, sete de observação e 14 poltronas para medicação adquiriu quatro macas para abertura de leitos extras e cinco poltronas de medicação, sem contar as 14 longarinas com mais de 50 lugares para abarcar a demanda, e que são utilizadas para apoiar na hidratação dos pacientes com dengue.
Em relação ao relato da paciente, o Instituto ressalta que a informação não procede, pois a UPA do Gama possui em sua escala diária quatro médicos no período diurno e três no período noturno.
Reafirmamos que, apesar da alta demanda, estamos comprometidos em superar os desafios e garantir atendimento à toda população que busca por assistência médica.

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