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Paciente de câncer perde parte da mandíbula, e família busca ajuda

Servidor público recebeu enxerto, mas os pontos abriram e o tecido necrosou. Agora, familiares procuram tratamento para a cicatrização

atualizado

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1 de 1 Paciente - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Em busca da cura de um câncer na cabeça, o servidor público aposentado Walter Gonçalves da Silva (foto em destaque), 58 anos, enfrentou a fila da cirurgia para a retirada do tumor. Mas a demora resultou na remoção da parte esquerda da mandíbula do paciente. Após a operação, o enxerto necrosou. Por isso, a família busca ajuda para ter acesso a uma câmara hiperbárica, necessária para a cicatrização.

Walter foi operado em 5 de outubro de 2021 no Hospital de Base. Os médicos tentaram fazer um enxerto, retirando parte do peito do paciente. No entanto, 15 dias após o procedimento, os pontos começaram a abrir.

Os profissionais de saúde diagnosticaram a necrose. Houve a deiscência da operação, ou seja, a queda do tecido enxertado. Nova tentativa de fechamento também não teve sucesso. Após 38 dias de internação, o paciente recebeu alta.

Os médicos aguardam a cicatrização para marcar uma nova tentativa de enxerto. A operação ainda não tem data prevista. Segundo a esposa de Walter, Joselita Avelino de Carvalho Gonçalves, 53, a câmara hiperbárica pode acelerar o fechamento das feridas. “A preocupação é constante para evitar infecções. Ele está com uma parte da cabeça exposta. A parte atingida é extensa. Por isso, necessita de curativos constantemente”, afirmou.

De acordo Joselita, médicos recomendaram de 20 a 30 sessões na câmara hiperbárica para Walter. Na rede particular, em média, cada uma custa a partir de R$ 300. Ou seja, o tratamento pode custar, aproximadamente, R$ 9 mil. “O Hospital das Forças Armadas (HFA) e a Policlínica do Corpo de Bombeiros têm esse equipamento”, contou.

Por enquanto a família pede ajuda, mas não descarta buscar a Defensoria Pública do DF (DPDF).

Walter está consciente e bem clinicamente. Faz caminhadas, assiste a filmes. A alimentação é feita por uma sonda. O paciente respira por meio de uma traqueostomia. Diariamente, toma medicamentos para controlar a dor. “A parte em cicatrização é latejante e coça muito”, explicou a esposa.

O servidor aposentado é assistido por uma núcleo de suporte de acompanhamento domiciliar, com médico e fisioterapeuta.

Cuidados diários

O médico visita Walter uma vez por semana. A equipe domiciliar troca os curativos duas vezes a cada sete dias na casa do paciente. Mas a família também vai, aos fins de semana, ao hospital para trocar as bandagens. O cuidado com os curativos é diário.

Apesar das dificuldades, a família está feliz pelo fato de o servidor estar livre do câncer. “É um processo. A questão está mais de 50% resolvida. De qualquer forma, estamos gratos”, comentou Joselita.

Do ponto de vista da família, a demora na cirurgia foi determinante para o avanço do câncer. Se a operação fosse mais célere, o paciente não teria sofrido a mutilação. “Pacientes oncológicos precisam de atendimento o mais breve possível. O câncer provoca dores. O meu marido falava nas consultas: de zero a 10, o nível de dor é 20”, lembrou.

Para Joselita, nestes casos, familiares devem cobrar das autoridades respostas rápidas.

Caso alguma instituição ou pessoa física deseje ajudar Walter de alguma forma, pode entrar em contato com a família pelo telefone: (61) 99946-1888.

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