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Paciente com suspeita de varíola dos macacos no DF: “Dor insuportável”

Jovem de 25 anos está em isolamento e aguarda o resultado dos exames laboratoriais. Além de dores, ele tem feridas por todo o corpo

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos
1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Um dos 14 moradores do Distrito Federal com suspeita de infecção por varíola dos macacos é um jovem de 25 anos que sofre com os sintomas enquanto aguarda o resultado dos exames laboratoriais para definir se está infectado ou não com a Monkeypox.

Ao Metrópoles, o morador do Recanto das Emas relatou os dias de isolamento. Segundo ele, os sintomas tiveram início durante o segundo fim de semana de julho.

“Comecei com enxaqueca, mas, até então, tratava como se fosse apenas isso ou uma gripe comum. Até que, na terça-feira (12/7), começaram a aparecer as feridas. Então, procurei uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Foi quando o médico começou a desconfiar que poderia ser a varíola”, diz.

O paciente conta que, na sexta-feira (15/7), colheu os exames — que foram enviados ao Rio de Janeiro para serem analisados pelo laboratório de referência. Desde então, o jovem está em casa, isolado da família.

“Agora, as feridas estão começando a cicatrizar. Mas, no início da semana, eu comecei a sentir dor, uma dor insuportável. Precisei tomar morfina em casa por causa da dor, pois não estava suportando. Senti, também, muito calafrio, dor na garganta”.

Ele comenta que as lesões têm etapas. “Começa como uma bolinha vermelha e vai aumentando até estourar. Então, vira uma ferida e começa a cicatrizar”, diz. Veja fotos de cada etapa:

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Depois ficam maiores
Até estourarem
E se transformarem em feridas
Depois, começam a cicatrizar
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Segundo o jovem de 25 anos, esta é a primeira fase, quando as lesões começam a aparecer

Arquivo Pessoal
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Depois ficam maiores

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Até estourarem

Arquivo Pessoal
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E se transformarem em feridas

Arquivo Pessoal
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Depois, começam a cicatrizar

Arquivo Pessoal

De acordo com o jovem, ele ainda não recebeu ligações nem visitas da Vigilância Epidemiológica do DF. “Os médicos da UPA ficaram preocupados e pediram para que eu voltasse lá a cada 48h para acompanharem a evolução da doença. Mas, tem dia que o atendimento demora muito. Já cheguei a ficar 30 minutos na sala de isolamento aguardando um médico e depois mais 30 esperando o remédio”.

Transmissão comunitária

Ele afirma que não realizou viagens recentes para outras unidades da Federação nem para fora do país. Por isso, ele acredita ter sido infectado em Brasília. “Me deram o tempo de 21 dias de isolamento. Como sou autônomo, estou fazendo o possível para trabalhar de casa porque eu dependo só de mim”.

Segundo a própria Secretaria de Saúde do DF (SES/DF), o DF já tem transmissão comunitária da varíola. A pasta afirma que além das unidades básicas de saúde (UBSs), as UPAs estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox.

O diretor de Vigilância Epidemiológica da pasta, Fabiano dos Anjos, explica que os primeiros sintomas da monkeypox são: febre; dor nas costas e nas articulações; fraqueza; e a presença dos linfonodos, ou seja, inchaço, nos gânglios — pode ser próximo da orelha, pescoço, axila ou virilha. “Esses são os sintomas dos primeiros cinco dias. Depois do quadro febril, começam a aparecer as lesões características da doença”, afirma Fabiano.

Fabiano ressalta que a varíola não é considerada uma enfermidade sexualmente transmissível. “Claro que quem se relacionar intimamente com alguém infectado tem mais chances de contrair a doença. Mas não é pelo ato sexual em si. É pelo contato de pele com pele. A varíola é transmitida pelas gotículas de saliva”, esclarece.

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