metropoles.com

Órgãos do GDF terão banca conjunta para selecionar estagiários negros

Parceria da Sejus com Defensoria Pública do Distrito Federal vai garantir que estudantes negros preencham 20% das vagas no serviço público

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Buriti
1 de 1 Buriti - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Parceria firmada por órgãos públicos do Distrito Federal vai implantar a heteroidentificação étnico-racial na seleção de estagiários do Executivo distrital. O procedimento vai assegurar a reserva de 20% das cotas para negros.

Na prática, quem concorrer às vagas pelo sistema de cotas será submetido à análise da banca de heteroidentificação, que confirmará se o candidato poderá participar da seleção como cotista.

A Secretaria de Justiça e Cidadania e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) estão à frente do procedimento, previsto no Edital nº 1/2021, publicado nessa quarta-feira (7/4) no Diário Oficial do DF (DODF).

O edital oferece 20 vagas para estagiários de pós-graduação no curso de direito e 375 vagas para estagiários de graduação no mesmo curso, além de vagas para formação de cadastro de reserva. Os candidatos farão provas on-line e a contratação dos aprovados será pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Contra fraudes

Além disso, o edital traz a realização de Procedimento de Heteroidentificacao Étnico-racial, baseado no Decreto nº 40.910, de 23 de junho de 2020, que dispõe sobre a reserva aos negros e negras de 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nas seleções para estágio no âmbito da administração pública distrital.

A Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e Igualdade Racial fará a composição das comissões ordinárias e recursais de Heteroidentificação Étnico-Racial.

Segundo a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a heteroidentificação é importante para assegurar os direitos das pessoas negras e para evitar fraudes, assegurando as políticas afirmativas.

Na avaliação do subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Diêgo Moreno, as comissões de heteroidentificação são necessárias, diante dos diversos casos de fraudes em autodeclarações étnico-raciais, em todo o país.

Só na Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, há 90 denúncias de fraude ao sistema de cotas em investigação. No ano passado, a instituição puniu 25 pessoas por esse tipo de irregularidade em suas seleções: segundo uma professora que atuou na apuração do caso, “tinha até branco do olho azul” entre os fraudadores.

Regras no GDF

Para concorrerem às vagas reservadas a cotistas no GDF, os candidatos a estagiários devem identificar no momento da inscrição a sua pretensão e se autodeclarar pretos e pretas ou pardos e pardas. Os critérios deverão seguir a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pasta da Justiça e Cidadania, a comissão de heteroidentificação étnico-racial vai utilizar, exclusivamente, os critérios fenotípicos dos candidatos para confirmá-los como cotistas. Mais detalhes sobre a seleção ainda serão divulgadas. (Com informações da Secretaria de Justiça do DF)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?