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Operários são soterrados após rompimento de tubulação na Octogonal

Dois trabalhadores de uma obra particular ficaram feridos e precisaram de atendimento por causa de escoriações e suspeita de fraturas

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Operários são soterrados em obra na Octogonal
1 de 1 Operários são soterrados em obra na Octogonal - Foto: CBMDF/ Divulgação

Dois trabalhadores que executavam um serviço na Área Octogonal Sul (AOS) foram soterrados na manhã desta terça-feira (11/5). Segundo informações do Corpo de Bombeiros (CBMDF), as vítimas trabalhavam dentro de uma vala quando houve o rompimento da tubulação de água na AOS 4.

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Seis operários estavam no local no momento em que as escoras cederam. Dois deles ficaram feridos e precisaram ser encaminhados para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com escoriações e suspeita de fraturas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a obra é feita em uma vala, ao lado do bloco E da AOS 4, na Octogonal. Como o prédio fica em um condomínio fechado, a imprensa não teve autorização para entrar no local.

Na área externa do condomínio, o subtenente Cidemar, do CBMDF, explicou ao Metrópoles que a reforma trata-se uma obra de impermeabilização na parede da garagem subterrânea. Na área externa, ao lado dessa parede, há uma vala de cerca de três metros de profundidade em que estavam seis operários trabalhando, por volta de 10h50.

“Eles faziam a limpeza da parede para depois fazer a impermeabilização, mas, numa das atividades, um dos canos rompeu e a água atingiu a parede de terra. Com isso, a terra desceu e atingiu dois trabalhadores”, explicou o bombeiro.

Dois homens foram atingidos pelo deslizamento, mas apenas um ficou com a parte inferior do corpo coberta pela terra. Este último foi identificado pelo CBMDF apenas pelo primeiro nome: Domingos, de 34 anos. Conforme o subtenente Cidemar, a vítima foi atendida com suspeita de fratura ou luxação na perna esquerda e encaminhada ao Hospital de Base.

Defesa Civil

Representantes da Defesa Civil e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) chegaram ao local no início da tarde. A companhia realizou o primeiro reparo no cano, e não há mais vazamento de água.

Conforme o coronel Rossano, da Defesa Civil, a obra ficará interditada por pelo menos 48 horas. “Como foi a água que causou o desmoronamento, o terreno está instável. Precisamos que a água baixe e o terreno seque para eles poderem voltar a trabalhar com segurança”, explicou.

De acordo com Rossano, não há risco estrutural. “Não houve dano para a edificação”, disse.

“Já que houve um acidente de trabalho, a empresa (responsável pela reforma) terá que apresentar toda documentação da obra, para mostrar que está regular, e projeto de contenção de talude. Aí, passando as 48 horas, e tendo a documentação, a gente libera”, acrescentou o coronel.

O prefeito da AOS 4, Mauro Assunção de Camargo, testemunhou o acidente. “Essa empresa Essencial fez outras obras aqui e sempre foi tudo certo. O que houve foi que rompeu uma rede da Caesb e começou a inundar. Aí, vimos o desespero deles (operários). Foi um susto para todo mundo, mas o socorro veio na hora certa, e eles foram bem atendidos”, resumiu.

Segundo a Defesa Civil, ainda não é possível dizer o que causou o rompimento da tubulação. Apenas uma perícia vai apontar o problema.

O que diz a Caesb

Em nota, a Caesb disse que “o acidente foi ocasionado por uma empresa particular que estava realizando uma obra de escavação no subsolo do condomínio na Octogonal”.

“Durante a escavação da vala, os operários atingiram o ramal de água que abastece o prédio. A Caesb foi acionada para efetuar o fechamento da rede e para reparar os danos causados na tubulação pela empresa particular. Destacamos que o acidente não tem relação com os serviços executados pela Companhia”, declarou, na nota.

O Metrópoles tentava contato com a empresa responsável pela obra, a Essencial Engenharia, até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestação posterior.

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