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Operação Vindicta: dos 8 investigados por morte de cabo da PM, só 1 está vivo

Em outubro de 2020, meses após um processo que investiga a morte do policial ter sido protocolado, os acusados começaram a ser assassinados

atualizado

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Dois homens com roupas pretas agachados fazendo a perícia de uma cena de crime - Metrópoles
1 de 1 Dois homens com roupas pretas agachados fazendo a perícia de uma cena de crime - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O casal assassinado em 2021 por um grupo de policiais militares presos na quinta-feira (13/7), no âmbito da Operação Vindicta, integrava a lista de oito denunciados pela morte do cabo da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Leandro Ferreira França, em maio de 2020.

O Metrópoles apurou que, das pessoas acusadas pelo MPGO por envolvimento no homicídio, sete foram assassinadas de maneira semelhante, no intervalo de dois anos; uma aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri.

O homicídio do PM ocorreu em maio de 2020, durante operação de monitoramento em área utilizada para tráfico de drogas, no Jardim Guanabara, em Goiânia. Na data, França foi atingido por diversos disparos de arma de fogo. Apesar de outros policiais terem tentado salvá-lo, ele não resistiu.

À época, oito pessoas foram detidas por envolvimento no crime, são elas: Thiago Duarte Neto, conhecido como Chuck; Iago Duarte Neto; Bruno Delgado da Silva; Sandriely Silva Siqueira; Ítalo Brenner Silveira de Godoy; Bruno Fillyp Costa de Freitas; Talita Souza Mendonça – que não foi processada, mas chegou a ser considerada suspeita durante as investigações – e uma oitava pessoa, que terá a identidade preservada por motivo de segurança.

Em outubro de 2020, cinco meses depois do homicídio do cabo da PMGO e tempos após o processo ter sido protocolado na Justiça, Iago Duarte Neto e Sandriely Silva Siqueira foram mortos durante confronto com militares, em Goiânia. No mesmo mês e de maneira muito semelhante, a morte de Bruno Fillyp Costa de Freitas foi decretada pela polícia.

No fim de 2020, Ítalo Brenner Silveira de Godoy foi executado durante um suposto confronto com policiais militares, no bairro Parque Atheneu, na capital goiana. Um processo para a apuração da conduta dos PMs foi aberto, mas, logo em seguida, arquivado.

Em fevereiro de 2021, Thiago Duarte Neto e a namorada dele, Talita Souza Mendonça, foram executados a tiros, dentro de um carro, na QN 16 do Riacho Fundo 2, no Distrito Federal. Um cachorro que estava no interior do veículo, no colo da mulher, também acabou baleado.

Veja o momento da execução:

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Cachorro estava no colo da tutora no momento do crime
Thiago Duarte Neto
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Carro do jovem casal foi atingido por pelo menos 20 tiros

Divulgação
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Cachorro estava no colo da tutora no momento do crime

Divulgação
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Thiago Duarte Neto

Divulgação

 

Segundo informações preliminares da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), testemunhas relataram que três homens em um Fiat Mobi preto foram os responsáveis pelos disparos. E que o trio teria atirado pelo menos 40 vezes contra o carro do casal.

Em novembro de 2022, Bruno Delgado da Silva foi executado ao lado de um amigo, em Altamira, no sudoeste do Pará. As vítimas estavam no interior de um veículo quando foram alvejadas. Ninguém foi preso pelo crime.

A oitava pessoa denunciada pela MPGO é a única envolvida na morte de Leandro Ferreira França que está viva. Ela, agora, aguarda ser julgada pelo Tribunal do Júri pela participação no homicídio do policial.

Policiais envolvidos em homicídios

Na quinta-feira (13/7), sete policiais militares de Goiás e um PM da reserva do Distrito Federal foram presos temporariamente por suposto envolvimento no homicídio de Thiago e Talita.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a de Goiás (PCGO), bem como as corregedorias das polícias militares de Goiás (PMGO) e da capital do país (PMDF), com apoio do Ministério Público (MPDFT), deflagraram a Operação Vindicta, para cumprir mandados judiciais contra os investigados.

As diligências, segundo a polícia, continuam, para apurar a responsabilidade e a participação de cada um dos policiais nos assassinatos.

Durante a Operação Vindicta, as forças policiais do Distrito Federal e de Goiás fizeram buscas em 25 endereços ligados aos suspeitos, para recolher elementos que possam auxiliar a elucidar os fatos.

As buscas e prisões ocorreram no Distrito Federal, bem como nos municípios goianos de Luziânia, Valparaíso, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade.

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