Operação Pequim: bandidos que assaltam casa de chineses são alvos da PCDF
O bando furtou sete imóveis de famílias asiáticas nas regiões do Sudoeste, Cruzeiro e Guará. Ao todo, foram subtraídos mais de R$ 100 mil
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou operação nas primeiras horas desta quarta-feira (18/11) para desarticular parte de uma associação criminosa especializada em furtar residências onde moram famílias chinesas. Equipes da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) cumprem três mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em São Paulo.
Além do DF e em São Paulo, o bando agia no Ceará, em Pernambuco, Santa Catarina e Minas Gerais. Para os cumprimentos dos mandados na capital paulista, a Operação Pequim contou com o apoio de policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
As investigações apuraram que o bando furtou pelo menos sete apartamentos de famílias chinesas no DF, nas regiões do Sudoeste, Cruzeiro e Guará. Ao todo, foram subtraídos mais de R$ 100 mil das vítimas. Os alvos eram escolhidos pelo fato de sempre guardarem grandes quantias de dinheiro em espécie em casa.
Falsos parentes
Baseada em São Paulo, a associação criminosa especializou-se no ataque a apartamentos de chineses em todo o Brasil. O grupo atuava desde 2015 e havia praticado furtos em diversas capitais do país.
No DF, os criminosos se valeram de veículos alugados em São Paulo. Eles passavam-se por parentes dos chineses e enganavam os porteiros dos prédios. Em seguida, arrombavam as portas dos apartamentos.
Veja a ação do bando:
Operação Chengdu
A ação desta quarta-feira é desdobramento de outra investida da DRF contra o grupo criminoso. Em maio deste ano, a unidade deflagrou a Operação Chengdu. À época, foram presos nove bandidos. As prisões ocorreram nos estados de São Paulo, Ceará e Santa Catarina. Entre 2015 e 2020, os alvos da Operação Chengdu furtaram 18 apartamentos no DF. Todos têm conexão com os criminosos presos na manhã desta quarta.
De acordo com o diretor da DRF, delegado Fernando Cocito, os criminosos atacavam casas e apartamentos de chineses. “Relacionados pela DRF, são pelo menos 25 furtos, com a mesma forma de atuação: passando-se por parentes das vítimas. Os ladrões também apostavam na falta de costume dos chineses de se deslocarem até delegacias de polícia para registrarem ocorrências dos crimes”, explicou.
As investigações tiveram início em outubro do ano passado, quando três criminosos invadiram o imóvel de moradores orientais, no Guará. De acordo com as apurações da Operação Chengdu — que faz menção à cidade chinesa onde ocorreram os últimos jogos mundiais de polícia —, os criminosos entraram no apartamento das vítimas e outros dois ficaram fora do prédio, em um veículo com placa de São Paulo.
Veja imagens da operação: