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Operação Medusa: secretário de Saúde de GO é alvo de buscas da PCDF e do MP

Alexandrino é ex-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Ele atuou na gestão Rollemberg

atualizado

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Matheus Oliveira/Agência Saúde
Secretário Adjunto de Gestão em Saúde Dr. Ismael Alexandrino – Fotos Matheus Oliveira (11)
1 de 1 Secretário Adjunto de Gestão em Saúde Dr. Ismael Alexandrino – Fotos Matheus Oliveira (11) - Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde

O atual secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino (foto principal), é um dos alvos da Operação Medusa, deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da PCDF, em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), na manhã desta quinta-feira (26/8). Alexandrino presidiu o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (DF) em 2018. Os contratos firmados durante o governo de Rollemberg é que são investigados.

A ação, que ocorre simultaneamente em Brasília e Goiânia, visa desarticular grupo criminoso acusado de fraude em contratações feitas pelo Iges-DF, em 2018, na área de prestação de serviços de radiologia e imagem.

Segundo a PCDF, embora o Iges-DF não esteja sujeito à estrita observância da Lei Geral de Licitações e Contratos, obriga-se, como destinatário de recursos públicos, a pautar-se nos princípios gerais que norteiam a execução da despesa pública.

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Ismael Alexandrino, na época em que foi diretor do Hospital de Base, em Brasília
Secretário Ismael Alexandrino em palestra em hospital
Secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino
Secretário de Saúde de GO, Ismael Alexandrino, acompanhado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado
Agente da Polícia Civil
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Casa do secretário estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, no Aldeia do Vale, em Goiânia

Divulgação
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Ismael Alexandrino, na época em que foi diretor do Hospital de Base, em Brasília

Matheus Oliveira/Agência Saúde DF
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Secretário Ismael Alexandrino em palestra em hospital

Governo de Goiás / Divulgação
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Secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino

Secom/Saúde de Goiás
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Secretário de Saúde de GO, Ismael Alexandrino, acompanhado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado

Vinicius Schmidt/Metrópoles
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Agente da Polícia Civil

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Policiais civis em operação

PCDF/ Divulgação

No entanto, as investigações apontam que havia diversos problemas na elaboração dos elementos técnicos dos atos convocatórios, ignorando por completo o princípio da economicidade, uma vez que propiciaram gastos superiores aos que poderiam ter sido despendidos, além de ter sido verificado aparente direcionamento do processo seletivo à empresa que acabou sendo contratada. Os investigadores também identificaram conluio entre empresas para se revezarem nas contratações.

“Tranquilo”

Em entrevista ao Metrópoles, o secretário de Saúde de Goiás disse que está “absolutamente tranquilo” e que vai colaborar com as investigações da polícia.

“Trata-se de investigação sobre o Iges-DF, fundado pela gestão que me sucedeu na presidência do Hospital de Base. Fui o último diretor do Hospital de Base antes do IGES-DF assumir. Creio que estejam averiguando os contratos antigos, da época da minha gestão, e também os atuais do IGES-DF”, disse ele ao portal.

Alexandrino ressaltou que nunca teve qualquer problema com a Justiça. “Desde 2009, presto serviço público federal e, desde 2012, distrital, e nunca tive algum apontamento que infringisse qualquer lei e nem norma ou regramento”, acrescentou ele

O secretário está em Brasília e não acompanhou as buscas, mas afirmou que houve apreensão apenas de um pen-drive e uma espingarda que pertencia ao pai dele. A polícia não informou o que foi apreendido. O Governo de Goiás informou que não vai se manifestar.

Mandados

São cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências dos servidores do Iges-DF que atuaram na contratação e endereços vinculados à empresa contratada e a outras empresas ligadas a ela, sendo quatro mandados no Distrito Federal e quatro na cidade de Goiânia (GO).

As investigações tiveram início a partir de informações colhidas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal (Prosus), que atuou em parceria com o Decor e a deflagração da operação teve o apoio da Polícia Civil de Goiás para cumprimento dos mandados na capital daquele estado.

Medusa

O nome da operação faz referência a uma das três irmãs górgonas da mitologia grega – Esteno, Euríale e Medusa –, tendo sido escolhido porque o Decor tem três investigações em curso sobre contratações irregulares realizadas pelo Iges-DF no mesmo período.

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