Operação Medusa: Polícia Civil investiga fraude em contratos do Iges-DF
São cumpridos 8 mandados de busca e apreensão em residências dos servidores. Contratos foram firmados na gestão de Rodrigo Rollemberg
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), desencadeou, na manhã desta quinta-feira (26/8), em Brasília e Goiânia (GO), a Operação Medusa para desarticular a atuação de grupo criminoso acusado de fraude em contratações feitas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Os contratos foram firmados em 2018, na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg, na área de prestação de serviços de radiologia e imagem.
Segundo a PCDF, embora o Iges-DF não esteja sujeito à estrita observância da Lei Geral de Licitações e Contratos, obriga-se, como destinatário de recursos públicos, a pautar-se nos princípios gerais que norteiam a execução da despesa pública.
No entanto, as investigações apontam que havia diversos problemas na elaboração dos elementos técnicos dos atos convocatórios, ignorando por completo o princípio da economicidade, uma vez que propiciaram gastos superiores aos que poderiam ter sido despendidos, além de ter sido verificado aparente direcionamento do processo seletivo à empresa que acabou sendo contratada. Os investigadores também identificaram conluio entre empresas para se revezarem nas contratações.
São cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências dos servidores do Iges-DF que atuaram na contratação e endereços vinculados à empresa contratada e a outras empresas ligadas a ela, sendo quatro mandados no Distrito Federal e quatro na cidade de Goiânia (GO).
As investigações tiveram início a partir de informações colhidas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal (Prosus), que atuou em parceria com o Decor e a deflagração da operação teve o apoio da Polícia Civil de Goiás para cumprimento dos mandados na capital daquele estado.
Medusa
O nome da operação faz referência a uma das três irmãs górgonas da mitologia grega – Esteno, Euríale e Medusa –, tendo sido escolhido porque o Decor tem três investigações em curso sobre contratações irregulares realizadas pelo Iges-DF no mesmo período.