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Operação das polícias do DF e de MG prende quadrilha de tráfico

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em várias cidades do Distrito Federal

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
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Um trabalho de investigação conjunto entre a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a de Minas Gerais desarticulou uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas na capital do país. Durante a Operação Ícarus, os agentes cumpriram 13 mandados de busca e apreensão, além de seis ordens de prisão preventiva, entre as 7h e 13h desta quinta-feira (5/7).

Ao todo, 60 policiais foram mobilizados e fizeram buscas em Águas Claras, Vicente Pires, Riacho Fundo I, Sobradinho, Sudoeste, Guará e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Além das prisões de membros da quadrilha, a PCDF apreendeu 1,5 mil relógios em uma banca na Feira dos Importados, três carros de luxo, eletrodomésticos, cartões, cheques e uma máquina de contar dinheiro.

O delegado responsável pelas investigações em Minas Gerais, Marcos Tadeu, conta que o compartilhamento de informações entre as duas unidades da Federação foi essencial para o sucesso da Ícarus. “Nós vamos entrar na terceira fase da operação. A primeira resultou na prisão de um médico no DF com 75 quilos de maconha. A partir de então, conseguimos reunir elementos suficientes para chegar aos outros membros da quadrilha e deflagramos essa segunda etapa. Agora, é continuar investigando a partir do que já coletamos. Todos eles estão presos preventivamente e à disposição do Poder Judiciário”, explica o policial mineiro.

Chefe da Coordenação de Repressão às Drogas (Corf) e responsável pela operação no Distrito Federal, Leonardo de Castro diz que o tráfico de drogas era a principal atividade da quadrilha, cujos integrantes usavam diversos meios para lavar o dinheiro adquirido de forma ilícita. Um desses esquemas era por meio de empresas dos membros do grupo, as quais também foram alvo das buscas.

“Um deles falsificava documentos e tinha vários cartões, cada um com um nome. Também apreendemos R$ 150 mil em cheques e uma máquina para contar cédulas, o que só demonstra a enorme quantidade que a organização movimentava”, diz Castro.

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Caminhonete e moto de luxo apreendidas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão
Produtos apreendidos estão à disposição da Justiça e devem ser colocados a leilão
R$ 150 mil em cheques e 1.500 relógios foram apreendidos em loja na Feira dos Importados usada para lavar dinheiro
Material apreendido em operação conjunta com a Polícia Civil mineira
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Marcos Tadeu, delegado do 16º Distrito Policial de Minas Gerais

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Caminhonete e moto de luxo apreendidas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão

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Produtos apreendidos estão à disposição da Justiça e devem ser colocados a leilão

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R$ 150 mil em cheques e 1.500 relógios foram apreendidos em loja na Feira dos Importados usada para lavar dinheiro

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Material apreendido em operação conjunta com a Polícia Civil mineira

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Delegado Leonardo de Castro, chefe da Cord

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Médico detido
De acordo com o chefe da Cord, o grupo tinha relações em Minas Gerais, mas era constituído por moradores do Distrito Federal e mantinha a maior parte das atividades na capital da República. “O médico preso com maconha no ano passado, por exemplo, estava vindo de Paracatu [MG], foi pego e está preso até hoje. Durante as investigações, agentes se passaram por pacientes e foram a uma consulta com ele, quando conseguiram efetuar a prisão”, narra Leandro de Castro.

Os mandados de prisão, busca e apreensão no DF foram emitidos pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais da comarca de Unaí. Todo o material apreendido está à disposição da Justiça. O destino mais provável para os produtos é o leilão. “Tem carros e alguns equipamentos de alto valor de mercado. O dinheiro arrecadado em um eventual leilão poderá ser convertido para associações beneficentes”, diz Marcos Tadeu.

Os acusados responderão pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. Todos eles já tinham pelo menos uma passagem por tráfico.

Veja a entrevista do delegado responsável pelas investigações:

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