Ônibus param normalmente na rodoviária após dia caótico de greve no DF
Ônibus voltaram a circular normalmente na manhã desta terça-feira (7/11). Apenas os coletivos da Viação Marechal não saíram das garagens
atualizado
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Após os rodoviários do Distrito Federal suspenderem a greve da categoria na noite dessa segunda-feira (6/11), os ônibus voltaram a circular amplamente na manhã desta terça-feira (7/11). Apenas os coletivos da Viação Marechal não saíram das garagens.
Na Rodoviária do Plano Piloto, os usuários do transporte público conseguiram acessar os ônibus tranquilamente.
A estudante Karina Araújo, 18 anos, que mora em Planaltina e estuda na Asa Norte, comentou que conseguiu chegar ao Plano Piloto sem dificuldade.
“Ontem foi bem complicado. Tive que pegar transporte por aplicativo. Graças a Deus, a greve acabou e tudo voltou ao normal”, disse a estudante.
A vendedora Talita Soares, 32, contou que, na segunda-feira, ela precisou pagar R$ 15 no transporte pirata para chegar ao trabalho, em Taguatinga.
“Na volta, a greve já tinha acabado e eu consegui retornar. A gente sabe que a greve é para reivindicar direitos dos trabalhadores, mas, mesmo assim, atrapalha, e muito, a vida da população”, comentou.
Viação Marechal segue parada
Com salários atrasados, apenas os rodoviários da Marechal seguem parados, a princípio até esta quarta-feira (8/11). A empresa assumiu o compromisso de efetuar os pagamentos o quanto antes.
As linhas da Marechal atendem a parte de Taguatinga, Ceilândia e do Park Way, além de todo o Guará e Águas Claras. Também opera em Vicente Pires. A princípio, a viação circula com 478 veículos no DF.
Na manhã desta terça, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), desembargador Alexandre Nery de Oliveira, determinou o imediato retorno ao trabalho dos motoristas e cobradores da Marechal, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia aos trabalhadores.
Fim da greve
Após audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), a categoria decidiu, em assembleia, suspender o movimento grevista e retomar as negociações. Mas, oficialmente, a trégua é apenas até 18 de novembro. Se não houver acordo com as empresas, os rodoviários podem voltar a cruzar os braços a partir de 19 de novembro.
A greve dessa segunda-feira (6/11) teve adesão de, praticamente, 100% da categoria e mergulhou o DF em caos. Segundo o TRT-10 e o MPT, por se tratar de um serviço essencial, é necessário manter um número mínimo de ônibus nas ruas, e a categoria precisa dar um prazo mínimo de 72 horas para a população se preparar.
Durante a negociação para a suspensão da greve, as empresas de ônibus autorizaram o ajuizamento de dissídio coletivo para o TRT, ou seja, caso o tribunal considere necessário ou que a nova greve é abusiva, pode automaticamente adotar alguma medida judicial. Em outras palavras, o patronato concedeu carta branca para a Justiça do Trabalho agir para frear ou intervir em uma nova paralisação.
Ao fim da audiência de conciliação, foram estabelecidos sete pontos de negociação. Em sinal de pacificação, a Procuradoria-Geral do DF (PGDF) suspendeu a ação judicial que estabelecia multa de R$ 10 mil para cada hora da greve deflagrada nessa segunda.
Reforço
A Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF informou que as demais operadoras vão reforçar viagens nas regiões atendidas pela Marechal, para minimizar o impacto da paralisação da empresa e garantir transporte aos passageiros.
A Piracicabana vai reforçar a região do Guará. A Pioneira vai reforçar viagens do Gama e Santa Maria para Taguatinga e Ceilândia. A Urbi vai reforçar em Samambaia e Taguatinga Sul. E a São José o Setor P Sul