Onça que atacou e matou animais no DF pode estar com filhote, diz PM
Pegadas de tamanhos diferentes levam os militares a acreditarem que há um filhote com a onça-parda monitorada na região do Altiplano Leste
atualizado
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Militares do Batalhão Ambiental da PMDF continuam, nesta sexta-feira (18/2), o monitoramento da região de chácaras do Altiplano Leste, onde uma onça-parda atacou animais e tem amedrontado moradores do local. Segundo a corporação, há indícios de que o animal esteja acompanhado de um filhote, devido às pegadas de tamanhos diferentes encontradas na mata. Desde terça-feira da semana passada, galinhas, ovelhas, éguas, gatos e cachorros foram mortas pelo felino.
PMs ambientais buscam onça que atacou animais no Altiplano Leste
Biólogos Voluntários do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) estão na Reserva do Preá, região de mata próximo às residências visitadas pela onça, para acompanhar o monitoramento do animal. A expectativa dos militares é de que até a próxima segunda-feira (21/2) seja traçada uma estratégia de captura do animal, com vida.
A recomendação do Ibram para casos desse tipo é a de não caçar e não permitir a caça de presas naturais da onça; usar cercas para evitar que o animal de criação entre na mata; recolher os animais ao anoitecer; desfazer-se corretamente dos corpos de bichos mortos a fim de impedir que sejam devorados por felinos e eles criem a tendência de consumi-los no local; e não se aproximar ao avistar a onça-parda.
Ataques
No Haras Santa Ana, dois potros e 11 galinhas sofreram ataques do felino. Um dos filhotes sobreviveu, mas ficou ferido na perna traseira. Para Marco Antônio Resende, filho dos proprietários do Haras Santa Ana, a presença da onça nas redondezas é “raro”. “A gente está com medo de ela atacar outro cavalo ou até mesmo uma criança”, conta.
“Se a gente conseguisse vender a potra que ela machucou, ela sairia por mais de R$ 100 mil. A gente tenta recuperar o animal, com tratamento de ozonioterapia. Ela ficou com a musculatura traseira toda rasgada”, lamenta.
Na madrugada de domingo (13/2), a outra égua foi arrastada pelo pescoço do início da chácara até os fundos do terreno. Ela foi encontrada morta, com ferimentos no pescoço.
Das 11 galinhas mortas em 8 de fevereiro, cinco acabaram comidas e seis estavam sem sangue. Segundo o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Altiplano Leste, Randolfo Martins de Oliveira, policiais do BPMA estiveram na região e espalharam diversas armadilhas fotográficas para identificar o animal. ” Vamos ter de recolher os animais à noite durante esse período. Infelizmente, nós é que estamos avançando para a região do animal”, admite.
Randolfo também recomenda acender fogueiras controladas para afastar o felino das redondezas.