Oficial do Exército mata cachorra de vizinha com tiro de rifle no DF
Cesar Ricardo Stoll, 69 anos, confessou ter utilizado o rifle para atirar na cadela, alegando que o pet da vizinha perturbava sossego dele
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um oficial da reserva do Exército Brasileiro sob a acusação de matar a cadela de uma vizinha do condomínio onde mora, em Sobradinho, a tiros. O militar teria justificado o crime alegando que o animal “atrapalhava o sossego” dele.
Cesar Ricardo Stoll (foto em destaque), 69 anos, efetuou um disparo de arma de fogo contra o animal durante uma discussão. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), nessa segunda-feira (11/11).
A cadela chegou a ser socorrida e passou por atendimento em uma clínica veterinária, mas faleceu na madrugada desta terça-feira (12/11), em casa. O oficial foi conduzido à 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), e a arma utilizada para efetuar os disparos, um rifle, também foi apreendida.
Inicialmente, os policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e encontraram Cesar com uma espingarda de chumbinho. No entanto, a Polícia Civil constatou que a arma era inoperante, o que levantou suspeitas sobre a veracidade da versão apresentada pelo oficial do Exército.
A PCDF, então, aprofundou as investigações e, com base no depoimento da tutora da cachorra, realizou buscas na residência do suspeito, onde foi encontrado um rifle CBC, calibre 22, arma a que correspondia à descrição feita pela vítima.
Confrontado com a evidência, o oficial confessou ter utilizado o rifle para atirar no animal, alegando que o pet perturbava o sossego dele. Diante dos fatos, o homem foi autuado em flagrante pela PCDF pelo crime de maus-tratos a animais, crime previsto no artigo 32 da Lei nº 9.605/98.
Em virtude de sua condição de oficial da reserva do Exército Brasileiro, o preso foi encaminhado à prisão militar, onde aguarda audiência de custódia.
Por meio de nota, a defesa de Cesar Ricardo informou que o militar teve a liberdade provisória concedida durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (12/11).
“O senhor Cesar demonstrará em Juízo a sua versão, mas inevitável é tornar pública a imensa tristeza de seu cliente e de seus familiares, ao verem sua imagem estampada nas mídias, contrariando a ordem constitucional que garante a todos a presunção de inocência até qualquer prova em contrário”, alegou a defesa.