Ocupação de UTIs do DF reservadas para pacientes com Covid-19 chega a 70,6%
Há 11 dias, o índice era de 59%, considerando hospitais públicos e privados na capital do país
atualizado
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Na manhã desta terça-feira (16/06), a ocupação de leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) reservados para pacientes com o novo coronavírus chegou a 70,6% no Distrito Federal. O número considera 372 lugares em hospitais públicos e 224 de privados, segundo dados que a Secretaria de Saúde.
Mesmo separadamente, os índices assustam. No caso da rede pública, 241 unidades estão com alguém em estado grave, ou seja, 64,78%. Nos particulares, são 180 camas específicas para infectados pela Covid-19 ocupadas: 80,8%.
Há 11 dias, em 5 de junho, a ocupação total era de 59% e cresceu para 65,4% em 8 de junho.
O período coincide com a flexibilização nas medidas para evitar o contágio da Covid-19. No dia 25 de maio, depois de 76 dias fechado, parte do comércio de rua reabriu. Dois dias depois, os shoppings receberam o aval para retomar o funcionamento.
No dia 3 de junho, quarta-feira da semana passada, parques e igrejas foram liberados. Na quinta (11/06), feriado de Corpus Christi, o Eixão do Lazer voltou a acontecer após três meses fechado para entretenimento. E houve a estreia da W3 Sul do Lazer. Com as vias fechadas para trânsito de veículos, o asfalto foi tomado pelas pessoas atrás de atividades físicas.
Há outras unidades da Federação que se encontram em situação pior, quando o assunto é UTI. Em Pernambuco, por exemplo, a ocupação chega a 96%. Rio Grande do Norte é outro estado com índice alto: 90,2%. Espírito Santo (84,2%), Maranhão (84%), Rio de Janeiro (83%) e Ceará (82,4%) também apresentam números perigosos.
O que diz a Secretaria de Saúde
Em nota, a Secretaria de Saúde confirma os números e diz que os dados ficam disponíveis na Sala de Situação, com atualização diária (clique aqui). “A rede pública do DF está ampliando, gradativamente, o número de leitos para receber os pacientes acometidos pela Covid-19. Além do Hospital de campanha no Mané Garrinha, o DF contará também com os hospitais de campanha da Ceilândia e do Complexo da papuda, além da instalação de um hospital acoplado ao Hospital Regional de Ceilândia, fruto de uma doação da empresa JBS, e do Hospital da Polícia Militar”, aponta o comunicado.
Também avisa que “como o coronavírus possui alta transmissibilidade, em áreas com maior número de pessoas, a transmissão também é mais rápida. Por isso, até o momento, o isolamento social é a forma mais recomendada para reduzir o poder de transmissão do vírus”.