Ocupação de UTI para Covid-19 em hospitais particulares passa de 96% no DF
Na manhã desta sexta-feira (31/7), rede pública tinha o índice de 83,18% nesses leitos específicos para infectados com o coronavírus
atualizado
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Uma das principais preocupações com a pandemia do novo coronavírus vem da ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva, responsáveis por salvar muitas vidas da doença. No caso dos hospitais particulares do Distrito Federal, esse número assusta: às 7h28 da manhã desta sexta-feira (31/7), o índice chegou a 96,50%.
Dos 287 leitos disponíveis na rede privada, havia somente 10 vagos. De acordo com os dados divulgados na Sala de Situação, da Secretaria de Saúde, existem 18 unidades particulares na capital com capacidade para tratar os casos graves de coronavírus.
O número na rede pública também é alto: 83,18% de leitos em UTIs e unidades de cuidado intermediário (UCI), específicos para os infectados pela doença, estão ocupados. Às 8h28 desta sexta, seis hospitais não tinham lugar para receber pacientes: os hospitais regionais da Asa Norte (Hran) e de Samambaia (HSam), a UPA de Ceilândia, Santa Marta, HOME e São Francisco (por lei, a rede privada é obrigada a ceder leitos para o sistema público).
Das 670 vagas do GDF naquele horário, havia 108 unidades vagas.
Considerando as duas redes, o Distrito Federal conta com 839 leitos de UTI reservados para os casos graves da Covid-19, sendo que havia 118 vagas. Ou seja, uma ocupação de 87,66%.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, na noite de quinta-feira (30/7), o Distrito Federal chegou a 1.444 mortes desde o início da pandemia – sendo 1.309 de residentes no DF e 135 de pacientes de outras unidades da federação. A quantidade de infectados é de 104.446.
O que diz a Secretaria de Saúde
Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Saúde afirma que a ampliação da capacidade de atendimento acompanha a evolução dos casos de Covid-19 no Distrito Federal. E que a regulação dos leitos de UTI é realizada pelo Complexo Regulador. Ainda explica que algumas vezes há fila por causa da necessidade de leitos específicos. “Por exemplo: caso um paciente necessite de um leito com hemodiálise, não é possível aloca-lo em leito sem o suporte, que não atenderá sua necessidade”, diz o comunicado.
“A Secretaria de Saúde vem ampliando gradualmente, desde o início da pandemia, leitos de enfermaria e leitos com ventilação mecânica para atendimento da população. O Centro Médico da Polícia Militar está próximo de ser utilizado como mais um hospital de campanha para o enfrentamento da Covid-19 aqui no DF. Inicialmente, 50 leitos serão liberados, sendo 30 de UTI e 20 de enfermaria”, garante a pasta..