Obras e trânsito: faixa exclusiva da EPTG segue liberada para carros
Após engarrafamentos quilométricos causados por obras no Pistão Sul e na Via Estrutural, EPTG continua com faixa exclusiva liberada
atualizado
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A faixa exclusiva para ônibus, vans escolares e táxis da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) continua liberada para o trânsito de todos veículos nesta segunda-feira (14/8). A mudança, que impacta principalmente o usuário do transporte público que encontrava melhor fluxo no trecho, veio após obras na altura do Pistão Sul e na Via Estrutural causarem engarrafamentos quilométricos.
A determinação se deu após a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) autorizar o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) a efetuar a operação, desde 0h01 da última sexta-feira (11/8). A liberação da faixa, segundo os órgãos, está sendo aplicada em caráter experimental. Não há prazo para a via tornar usar o corredor exclusivamente para transporte púbico.
Na última semana, a Via Estrutural ganhou um novo ponto de bloqueio para obras de pavimentação de concreto. Já no Pistão Sul, a população encontra uma obra de reestruturação que chega a causar 4 km de engarrafamento. Com a procura dos motoristas por um caminho alternativo, o fluxo na EPTG ficou mais intenso.
“Vamos abrir mais uma faixa na EPTG, com uso do corredor de ônibus, para contribuir com o trânsito naquela região, onde há um grande volume de obras. A operação tem caráter experimental e será monitorada pelo DER-DF, devendo permanecer até fazermos uma nova avaliação do tráfego local”, afirmou o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Fauzi Nacfur Junior.
A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) criticou a liberação da faixa exclusiva para ônibus, vans escolares e táxis, avaliando que ela “terá efeito contrário na redução dos congestionamentos”.
“É consenso, entre os especialistas, que a solução para melhorar o fluxo do trânsito nas cidades é aumentar, e não diminuir, a prioridade dada ao transporte público coletivo, que responde por 28% de todos os deslocamentos de pessoas, sendo que os ônibus urbanos contribuem com 85,7% desse total.”
O Metrópoles mostrou em maio que motoristas da capital federal gastavam até quatro horas por dia no trânsito no DF, principalmente devido a congestionamentos provocados por obras de infraestrutura nas principais vias de acesso ao Plano Piloto.