Obras do complexo esportivo Mané Garrincha custarão R$ 500 mi
Esses são os cálculos iniciais feitos pelo consórcio que toma conta do local. Primeira fase será concluída em 2022, e segunda, em 2024
atualizado
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Em evento para divulgar os finalistas do concurso arquitetônico do complexo esportivo, onde se encontra o Estádio Nacional Mané Garrincha, o presidente do consórcio Arena BSB, Richard Dubois, afirmou que o valor total da obra alcançará R$ 500 milhões. “Cerca de R$ 300 milhões serão executados pela Arena e R$ 200 milhões pelos diversos ocupantes das áreas”, apontou.
Segundo Dubois, a previsão é que a primeira fase seja concluída em 2022 e a segunda, em 2024. “Estamos procurando, primeiro, uma viabilidade econômica dentro do projeto. Ele tem que ter um custo de construção dentro do orçamento, e de manutenção e flexibilidade para se manter atual pelos próximos 35 anos. A gente espera começar as obras na metade do ano que vem, dependendo das licenças.”
Nesta segunda-feira (11/11/2019), os três finalistas do concurso feito em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) foram apresentados. Os estudos preliminares são de autoria de Rodrigo Salvati da Salvati Empreendimentos Imobiliários LTDA, de Caxias do Sul (RS); Andre Augusto Prevedello da AP Arquitetos, de Curitiba (PR); e de Eder Rodrigues de Alencar da ARQBR Arquitetura e Urbanismo, de Brasília (DF).
Agora, os selecionados detalharão os projetos e terão de reapresentá-los à comissão julgadora em 9 e 10 de dezembro. O resultado final será divulgado em 14 de dezembro. O concurso premiará em R$ 5,2 milhões o projeto vencedor.
De acordo com o coordenador do concurso, Thiago de Andrade, o júri se preocupou com relação ao patrimônio tombado e a urbanidade da área. “Os projetos têm mais 30 dias para desenvolver as propostas até a apresentação final, e terão dois encontros formais com a Arena BSB para debater detalhes e outras coisas específicas e técnicas para que desenvolvam e resolvam problemas advindos dos projetos.”
Veja imagens dos três projetos:
Ao todo, foram inscritos 46 projetos de profissionais de todo o país interessados em participar das obras de reestruturação do Eixo Monumental. A ideia é que, nos próximos anos, o local ganhe mais espaço para lazer, com cinemas, bares, restaurantes, academias, casas de espetáculos e lojas. O boulevard comercial vai compor o complexo esportivo do DF e ficará entre o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Parque Aquático Cláudio Coutinho e o Ginásio de Esportes Nilson Nelson.
Gestão
A arena foi reconstruída para a Copa do Mundo de 2014 e ficou nacionalmente conhecida pelo superfaturamento nas obras. Em julho deste ano, o Mané Garrincha e todo o complexo ao redor se tornaram uma concessão pública, após contrato assinado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Já o contrato para o concurso veio no dia 4 de setembro, entre a entidade e o grupo empresarial responsável pela gestão da área. A iniciativa faz parte das exigências previstas na concessão pública do local, assinada no fim do mês de julho. O projeto arquitetônico inclui a construção do boulevard, espécie de centro comercial de até três andares a céu aberto que abrigará lojas, salas comerciais e áreas de lazer.
Única interessada a assumir o complexo esportivo, a Arena Bsb terá uma missão para os 35 anos à frente da gestão do espaço: criar condições competitivas para que a região se torne um negócio rentável. Assim, a empresa deverá investir quase R$ 700 milhões no empreendimento nos próximos quatro anos. Até o fim de 2019, contudo, a administração será compartilhada com o Governo do Distrito Federal (GDF).
O consórcio responsável tem participação das empresas RNGD Consultoria de Negócios Ltda-EPP e Arena do Brasil Gestão de Estádios e Arenas Ltda. Ele passará a ter o controle total dos mais de 152 mil metros quadrados de potencial construtivo da região.