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Obra no DF onde operário morreu soterrado não tinha escoramento

Empresa diz que vala tinha acabado de ser aberta e possuía menos de 1,80 m de profundidade. Vítima usava equipamentos de segurança, informou

atualizado

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Luísa Guimarães/Metrópoles
Obra onde operário morreu soterrado no Noroeste
1 de 1 Obra onde operário morreu soterrado no Noroeste - Foto: Luísa Guimarães/Metrópoles

A obra onde trabalhava José de Ribamar Cruz Souza, que morreu por parada cardiorrespiratória após ficar soterrado no Setor Noroeste, nesta terça-feira (8/6), ainda não tinha escora, estrutura usada para servir de segurança dos operários, informou a Antera Construtora, responsável pela construção. Segundo a empresa, o equipamento não havia sido instalado porque a vala tinha acabado de ser aberta e possuía menos de 1,80 metro de profundidade.

A Antera também informou que o funcionário utilizava os equipamentos corretamente no momento do soterramento. As escoras são estruturas utilizadas para apoiar construções e dar segurança para quem executa o serviço.

O Metrópoles procurou a Defesa Civil para falar sobre a ausência de escoras na obra, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.

O canteiro de obras onde morreu José de Ribamar, 42 anos, era inspecionado pela perícia da Polícia Civil do Distrito Federal durante a tarde. A empresa afirmou que prestará toda a assistência necessária e já está em contato com os familiares.

O operário trabalhava há dois anos na empresa e era considerado funcionário exemplar, brincalhão e divertido. Ele deixa três filhos

O servidor prestava serviços em uma obra comercial no Noroeste. Segundo a empresa, durante procedimento de abertura de uma vala de contenção de água pluvial houve um desmoronamento.

Terra cedeu

Segundo testemunhas, os funcionários da obra estavam descontraídos antes do ocorrido. Logo após José entrar no buraco, outro trabalhador se encaminhava para fazer companhia a ela. Um operário identificado como Daniel, de 19 anos, teve a perna esquerda coberta, mas não sofreu ferimentos.

O Corpo de Bombeiros informou que os militares usaram máquinas para tentar retirar o operário o mais rápido possível do local, na CLNW 8/9, mas não foi possível resgatá-la com vida. Outro operário ficou parcialmente soterrado e sobreviveu.

Segundo a corporação, três funcionários participavam das escavações quando uma das laterais da vala cedeu e soterrou dois deles parcialmente. O terceiro trabalhador, que operava a escavadeira na obra, auxiliou as equipes dos bombeiros na retirada dos colegas. A operação durou cerca de 1 hora.

 

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