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OAB pede informações a PCDF sobre vendas de dados de advogados e delegados

Um papiloscopista policial foi preso acusado de vender informações pessoais das vítimas para organizações criminosas

atualizado

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A Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Distrito Federal (OAB-DF) requereu, na manhã deste sábado (26/9), acesso à investigação da Polícia Civil do DF (PCDF) que apura divulgação de informações pessoais e dados de advogados e delegados da corporação para integrantes de organizações criminosas.

O pedido foi feito pelo presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, ao diretor-geral da PCDF, Robson Cândido. O defensor pede acesso aos documentos e mais informações sobre o caso.

Segundo Silva, o objetivo é “assegurar a proteção dos advogados que tiveram seus dados pessoais violados”. Seccional recebeu a notícia com total apreensão diante da invasão da intimidade, da privacidade, bem ainda do potencial risco de vida imposto aos advogados submetidos ao evento de segurança que gerou o comprometimento de dados pessoais”, afirmou o presidente da ordem na nota.

As investigações da PCDF resultaram na prisão de um papiloscopista policial. Edward Higino é acusado de acessar os sistemas do Instituto de Identificação (II) e vender dados sigilosos de delegados e advogados para criminosos.

Ele integrava o bando que aplicava golpes a partir da venda de lotes aparentemente abandonados ou, ainda, que pertenciam a espólios, sem a concordância de todos os herdeiros. Os investigadores apuram se Higino ainda coletou dados de autoridades do Judiciário, como magistrados; e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), principalmente envolvendo promotores de Justiça.

A participação de Higino no esquema era considerada estratégica na estrutura montada pela quadrilha. Os dados armazenados nos sistemas do II são sensíveis e dão acesso, inclusive, a informações de todos os integrantes das forças de segurança da capital do país.

Operação Tellus

A ação deflagrada pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) identificou que o bando usou uma loja falsa de tintas para lavar o dinheiro obtido ilicitamente com venda clandestina de lotes. O suposto estabelecimento tem como endereço Valparaíso de Goiás. Policiais fizeram buscas no local e encontraram apenas um imóvel em construção.

Os investigadores cumpriram 20 mandados judiciais.

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Segundo suspeitos, esta seria uma loja de tintas que lucraria R$ 50 mil mensais
Os suspeitos são levados para a 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho)
Entre os acusados, há um papiloscopista policial
A Operação Tellus cumpriu 10 mandados de prisão
Foram quatro meses de investigação
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Local investigado pela PCDF na Operação Tellus

PCDF/Divulgação
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Segundo suspeitos, esta seria uma loja de tintas que lucraria R$ 50 mil mensais

PCDF/Divulgação
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Os suspeitos são levados para a 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho)

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Entre os acusados, há um papiloscopista policial

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A Operação Tellus cumpriu 10 mandados de prisão

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Foram quatro meses de investigação

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A quadrilha aplicava golpes a partir da venda de lotes abandonados ou que pertenciam a espólios

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Foram quatro meses de investigação

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Os alvos estavam em Sobradinho, no Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, em Taguatinga, além de cidades do Entorno, como Águas Lindas, Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto.

Investigação

Após quatro meses de investigação, os policiais descobriram que os suspeitos, contando com o apoio do papiloscopista policial alvo da operação, captavam dados de indivíduos mortos e falsificavam documentos.

Os falecidos figuravam como proprietários e os demais membros da organização criminosa, como adquirentes do bem, formando uma cadeia de procurações, que dava, supostamente, um ar de licitude ao negócio.

Apurou-se, também, que um braço do grupo era responsável pela venda de armas de fogo, as quais advinham de agiotas e, até mesmo, de outros países. Além disso, outra parte estava envolvida com tráfico de drogas no DF.

Os acusados, presos preventivamente, foram indiciados por organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, violação de sigilo funcional, exploração de jogos de azar, falsificação de documentos públicos, tráfico de drogas e porte de arma. A ação teve apoio do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) e da Corregedoria da PCDF.

Integrantes da quadrilha tinham passagem por estelionato, furto, falsificação de documentos, associação criminosa e falsidade ideológica.

 

 

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