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OAB: “Ordem não encontrou elementos suficientes para condenar Adriana”

Durante o julgamento, representante da entidade fala também das irregularidades durante a investigação do crime da 113 Sul

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1 de 1 Julgamento-Villela-2-de-outubro-11 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Depois de os integrantes do Ministério Público do DF (MPDFT) e do assistente de acusação falarem, chegou a vez de a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) se pronunciar no julgamento do crime da 113 Sul. De acordo com Bárbara Franco Lira (foto em destaque), representante da entidade, não há “elementos suficientes” para condenar Adriana Villela. Ela é acusada de mandar matar os pais, José Guilherme Villela e Maria Villela, e a doméstica da família, Francisca Nascimento Silva.

No décimo e, provavelmente, último dia de julgamento, a advogada explicou o motivo de a OAB participar do caso. “Em 2009, quando ocorreu esse crime bárbaro, houve uma habilitação para a OAB atuar porque as vítimas eram advogadas”, pontuou.

Além disso, segundo a defensora, houve inúmeras ilegalidades no decorrer do processo. “Elas (ilegalidades) estiveram presentes durante toda a investigação, desde as apurações pela 1ª DP, 8ª DP, e também na Corvida. Todas as autoridades tinham interesse nesse processo.”

Bárbara Franco Lira afirmou que, na ânsia de se encontrar um responsável e dar uma resposta para sociedade sobre o crime da 113 Sul, “ocorreram todas essas irregularidades que contaminaram todo o processo”.

Segundo a representante da OAB, o órgão atuou como fiscalizador. “No fim, concluímos que a Ordem não encontrou elementos suficientes para imputar a Adriana esse crime. Desejo que essa família possa ser reconstruída e inicie sua nova história”, frisou Bárbara.

Suspeita

O objetivo do julgamento é saber se Adriana Villela mandou matar os pais e a doméstica da família. Eles foram executados com 73 facadas. Segundo a acusação, Adriana contratou Leonardo Campos Alves, porteiro do edifício onde moravam os pais, para matar as vítimas por R$ 60 mil.

Alves, por sua vez, teria prometido dar R$ 10 mil a Francisco Mairlon Barros Aguiar para executar o crime. Sobrinho de Leonardo, Paulo Cardoso também foi acusado pelo esfaqueamento do trio. Os três foram condenados e estão presos.

A última etapa do rito em plenário começou por volta 9h desta quarta-feira (02/10/2019). A sessão foi iniciada com o MPDFT, que teve uma hora e meia para falar. Em seguida, é a vez dos advogados de defesa, que dispõem do mesmo tempo. No caso de réplica e tréplica, acrescenta-se uma hora para cada parte. No total, portanto, a fase final pode durar cinco horas.

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