OAB regional cobra GDF sobre atuação para fim de bloqueios em rodovias
Instituição cobrou ações imediatas sobre os bloqueios realizados em vias do DF. O deputado distrital Leandro Grass fez o mesmo
atualizado
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A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) cobrou do Governo do Distrito Federal (GDF) ações para por fim aos bloqueios das vias regionais, nas quais manifestantes bolsonaristas contestam o resultado das eleições presidenciais, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu.
A instituição enviou ofício ao GDF exigindo o desbloqueio imediato. O documento é assinado pelo presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, e a vice-presidente, Lenda Tariana Dib Faria Neves. “A OAB/DF, neste ato, age em defesa dos cidadãos. O bem maior a ser tutelado é o direito de ir e vir”, pontua o presidente Délio Lins.
Segundo a OAB-DF, os bloqueios contra o resultado das eleições começaram a causar impactos no Distrito Federal, inviabilizando, por exemplo o direito de ir e vir da população.
“Nossa ação respeita a posição de independência da Ordem, sempre agiremos em prol dos direitos fundamentais, da cidadania. Os bloqueios estão afetando a população”, reforça Lenda Tariana
Na avaliação da OAB-DF, o governo local deve adotar as providências para a desobstrução imediata de todas as rodovias bloqueadas.
Veja o ofício da OAB-DF:
OAB – Bloqueio de vias by Metropoles on Scribd
Bloqueio é contra resultado das eleições
Manifestantes bolsonaristas protestam contra o resultado da eleição, vencida pelo presidente eleito Lula (PT). No caso do DF, por exemplo, os bloqueios ameaçam o abastecimento de combustíveis.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou multa de R$ 100 mil e prisão em flagrante de manifestantes que bloqueiam rodovias. Também determinou que polícias militares dos estados, incluindo o DF, atuem para o desbloqueio.
Trabalhadores prejudicados pelos bloqueios
O deputado distrital Leandro Grass (PV) também cobrou oficialmente providências da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para a liberação das vias.
O parlamentar destacou casos de queima de ônibus e interdição de rodovias em Águas Lindas de Goiás, que faz divisa com Ceilândia, e na BR-251, na altura do Café sem Troco, sentido Unaí.
Segundo o distrital, moradores e usuários do transporte público não puderam chegar aos seus locais de trabalho em virtude da falta de segurança.
“Eleitores de Jair Bolsonaro não aceitaram o resultado e saíram às ruas questionando a decisão soberana e democrática das urnas, enquanto o próprio Bolsonaro se mantém em silêncio e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha as cenas sem agir à altura”, argumenta Grass.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com o GDF, a PMDF e o MPDFT, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.