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Número de vigilantes mortos por Covid chega a 52 no DF

Só neste início de semana, sindicato da categoria registrou dois óbitos de trabalhadores que lutavam contra a doença

atualizado

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1 de 1 vigialntes - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF) registrou, desde segunda-feira (3/5), mais duas mortes de trabalhadores da categoria em decorrência de complicações por Covid-19. Ao todo, já foram contabilizados 52 óbitos.

A primeira vítima desta semana foi Edimilson Lourenço da Silva, 43 anos, que trabalhava na estação 114 Sul do Metrô. Morador de Planaltina de Goiás (GO), ele deixa esposa e um filho. Outro vigilante que morreu é Franklin Barreira Marcelo de Souza, 51. Ele vivia em Arniqueira e estava trabalhando no Hospital de Campanha da Polícia Militar.

De acordo com o sindicato, 2.510 vigias já foram contaminados pela Covid-19 desde o início da pandemia. “A única coisa que pode mudar esse quadro é a vacina. Continuamos pressionando o governo para conseguir que todos da categoria sejam imunizados”, comenta o diretor do Sindesv, Gilmar Rodrigues.

Preocupação com a desinformação

Na última semana o Metrópoles revelou que pelo menos seis vigilantes que atuam em hospitais públicos do Distrito Federal já se negaram a receber a vacina contra a Covid-19 por motivações político-ideológicas ou mesmo religiosas. Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-DF), eles tiveram que assinar um termo de responsabilidade após optarem por não receber o imunizante.

“A gente não pode obrigar o funcionário e receber a vacina. O que podemos fazer, talvez, é tirar dos hospitais da Secretaria de Saúde, onde há muito contato com o vírus, e colocar em algum outro posto que tenha menos risco”, explicou, à época, o presidente do Sindesp, Luis Gustavo Barra.

Até agora, não é toda a categoria que está apta a receber doses do imunizante contra o novo coronavírus. Apenas aqueles que trabalham em hospitais e estão em contato diário com possíveis infectados podem receber a vacina, independentemente da idade do profissional.

A atitude dos vigilantes que recusaram a imunização preocupa também o sindicato que representa os trabalhadores, o Sindesv-DF. “Infelizmente a gente tem visto alguma resistência contra algo que estamos batalhando muito para conseguir”, comenta Gilmar Rodrigues, diretor do Sindesv.

Para ele, ainda há muita desinformação, o que pode acabar custando o emprego ou a vida desses trabalhadores. “A gente tem visto muitos morrendo de infarto também. Mês passado, eu vi um que morreu no posto de trabalho e estava com o kit-Covid junto dele. Estava passando mal e decidiu tomar aqueles remédios todos”, lamenta.

A Secretaria de Saúde não se pronunciou com relação à recusa de vigilantes em tomar a vacina contra a Covid-19.

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