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Número de infectados com Covid-19 no DF é seis vezes maior do que há um mês

As mortes aumentaram 204%, saltando de 24 em 20 de abril para 73 nessa quarta-feira. Percentual de recuperados cresceu 56% no período

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Profissional de saúde colhe material para teste rápido para Covid-19
1 de 1 Profissional de saúde colhe material para teste rápido para Covid-19 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A curva com o número de infectados pelo novo coronavírus no Distrito Federal não para de crescer. Em um mês, a quantidade de doentes com Covid-19 na capital é seis vezes maior do que em 20 de abril. Naquela data, eram 879 pessoas com testes positivos. Nesta quarta-feira (20/05), os painéis da Secretaria de Saúde mostram aos alarmantes 5.271 casos, sem ainda ter atingido o pico de infectados.

O número de mortos em decorrência do vírus aumentou de 24 para 73 somente na capital, um crescimento de 204%. Ou seja, três vezes mais famílias perdem seus entes queridos para a Covid-19 hoje do que em 20 de abril.

A progressão da doença acompanha uma série de fatores somados. Em 20 de abril, cerca 55% dos brasilienses seguiam o isolamento e somente atividades essenciais, como supermercados e farmácias, estavam abertos no DF. Hoje, apenas 42% dos moradores de Brasília estão em isolamento em suas casas, segundo informações do site in loco. Além disso, o número de testagem aumentou. O GDF iniciou a aplicação de testes em massa para quem tem sintomas da doença e, hoje, já examinou mais de 100 mil brasilienses.

Em contrapartida, o índice de recuperados tem correspondência similar ao de infectados, se comparadas as proporções. Quando o DF tinha 879 habitantes testados positivos, 466 estavam recuperados, o que representava 53% do total. Hoje, mesmo com 5.271 doentes, 2.955 (56,1%) estão recuperados.

Reabertura do comércio e escolas

Com um cenário completamente diferente do que era apresentado há um mês, o DF hoje tem obrigatoriedade do uso de máscaras para toda a população; milhares de desempregados devido à pandemia, bares, restaurante, hotéis e academias fechados e uma discussão latente sobre o retorno das aulas e a abertura do comércio.

A volta dos estudantes às escolas, faculdades e universidades públicas e privadas estava prevista para 1º de junho, em decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Embora o documento não tenha sido revogado ou substituído, o chefe do Executivo estuda abrir os colégios somente em agosto deste ano. A intenção é evitar aglomerações e aumentar ainda mais o contágio na capital.

Em relação a shoppings, lojas, comércio em geral, o GDF tem opinião diferente: acredita que a capital já está apta para reabrir, tomando uma série de medidas de profilaxia. No entanto, trava uma briga judicial sobre o tema, que deveria retomar a economia, empregos e arrecadação.

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Testes rápidos de coronavírus no DF
Profissionais de saúde trabalham para controlar a pandemia no Brasil e no mundo
Com a grande queda do consumo no varejo, setor espera que os últimos meses salvem o ano
Eventos e maior parte do comércio no DF estão suspensos desde 11 de março
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Comércio fechado durante feriado em quarentena

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Testes rápidos de coronavírus no DF

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Nesse caso, os ministérios Público Federal (MPF), Público do Trabalho (MPT) e Público no Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediram que a Justiça impedisse o DF de flexibilizar o isolamento e de abrir estabelecimentos que não fossem essenciais. A juíza Kátia Balbino de Carvalho conversou com o GDF, recebeu documentos e entendeu que a volta deveria ser escalonada.

No entanto, o GDF recorreu e sentença do juiz federal Roberto Carlos de Oliveira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), derrubou, nessa terça-feira (19/05), a decisão da Justiça Federal que determinava a reabertura escalonada das atividades comerciais da capital do país. Ele deferiu pedido impetrado pelo governador para que o Judiciário reavaliasse a determinação publicada pela juíza Kátia Balbino de Carvalho, na ultima sexta-feira (15/05).

Os MPs vão recorrer de sentença da Justiça Federal que derruba a abertura escalonada do comércio na capital. Em nota, informaram acreditar que a “decisão põe em risco a vida de milhares de pessoas no Distrito Federal e no Entorno”.

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