metropoles.com

Nulidade do contrato com a Centrad volta a ser analisada pelo GDF

O grupo de trabalho estava suspenso desde outubro, mas foi retomado na sexta-feira (22/12), conforme publicação do DODF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Giovanna Bembom/Metrópoles
centrad
1 de 1 centrad - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

O Governo do Distrito Federal volta a analisar a probabilidade de anular o contrato com a Concessionária do Centro Administrativo (Centrad). Portaria publicada em edição extra do Diário Oficial do DF de sexta-feira (22/12) determina a recondução da comissão, criada em junho, para apurar indícios de fraude. O grupo de trabalho estava suspenso desde outubro devido à possibilidade de a concessionária e o Executivo fecharem um acordo, o que não ocorreu.

A força-tarefa foi instituída após virem à tona denúncias de executivos da empreiteira Odebrecht em delações premiadas e acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato. Diante dos indícios de fraude, pagamentos de propina e superfaturamento, o GDF alegou que o contrato deveria ser cancelado por apresentar irregularidades desde o nascedouro da Parceria Público-Privada (PPP).

A “pausa” na análise seguiu orientação da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF). No entanto, na sexta (22), a apuração dos indícios de fraude foi retomada com o prazo de 90 dias prorrogáveis para a apresentação dos trabalhos.

Os servidores escolhidos para atuar no procedimento, garantindo o contraditório e ampla defesa à Centrad, foram Elaine Souza Rosa, auditora de controle interno e chefe da unidade de controle interno da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag); Daniel Isaias de Carvalho, também auditor da Seplag; e Clemilton Oliveira Rodrigues Júnior, auditor da Controladoria-Geral do DF. Elaine Souza foi designada como presidente do grupo.

Os indícios de fraudes a serem analisados referem-se à Concorrência 01/2008, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), sobre a construção do Centro Administrativo. O complexo, em Taguatinga, foi construído pelo consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht e Via Engenharia.

Reprodução/DODFNulidade
Se o grupo declarar a nulidade do contrato, será posto um ponto final na relação contratual existente entre a Centrad e o GDF. A partir disso, inicia-se uma nova fase de apuração para decidir o que pode ser feito com as edificações construídas sobre o terreno de 182 mil metros quadrados.

No complexo de luxo, entregue há dois anos para abrigar em um único local a sede do GDF e seus 13 mil servidores, estão prédios de alto padrão, 3 mil vagas de estacionamento, áreas livres, jardins, espaços para restaurantes, bancos, lojas e supermercado.

O governo pagaria, mensalmente, R$ 22 milhões pela infraestrutura e pelos serviços prestados. Porém, devido a irregularidades na entrega, até o momento, não houve pagamento do GDF à concessionária.

O GDF não comenta o assunto devido aos processos em andamento na Justiça. O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do Centrad, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido resposta.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?