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“Nuances de premeditação”, diz delegado sobre mulher carbonizada

Wallace de Sousa confessou que atingiu a cabeça de Marina Paz Katriny com uma pedra, antes de atear fogo ao corpo dela. Acusado está preso

atualizado

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Foto em preto e branco. Homem de bigode e cavanhaque veste camisa regata. Também usa óculos escuros e possui cabelo preso
1 de 1 Foto em preto e branco. Homem de bigode e cavanhaque veste camisa regata. Também usa óculos escuros e possui cabelo preso - Foto: Reprodução/Facebook

Wallace de Sousa Eduardo, 34 anos (foto em destaque), foi preso, na manhã desta segunda-feira (23/5), na casa da mãe, no M Norte, em Taguatinga, pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele é acusado de matar a namorada, Marina Paz Katriny, 29.

O suspeito confessou que acertou a cabeça da pedagoga com uma pedra de 2 kg, antes de atear fogo ao corpo da vítima. O crime ocorreu entre meia-noite de domingo (15/5) e 1h de segunda (16/5), mas o corpo da mulher foi encontrado somente na quarta-feira (18/5), no Km 5 da BR-70, na entrada da Chácara Goiás, em Taguatinga. O acusado também admitiu ser usuário de maconha e cocaína.

Veja fotos do acusado:

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Ele confessou ter agredido Marina com uma pedra na cabeça antes de atear fogo ao corpo da vítima
Ele deve comparecer à audiência de custódia na próxima terça-feira (24/5)
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Wallace de Sousa Eduardo, 34 anos, foi preso na manhã desta segunda (23/5) pelo assassinato de Marina Paz Katriny

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Ele confessou ter agredido Marina com uma pedra na cabeça antes de atear fogo ao corpo da vítima

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Ele deve comparecer à audiência de custódia na próxima terça-feira (24/5)

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“O feminicídio tem nuances de premeditação. Ele vinha ameaçando a vítima, de acordo com o depoimento das amigas. O galão de gasolina estava no carro dele. Ele disse que voltou para pegar a gasolina para ‘ter certeza de que Marina estava morta’, porque ela poderia denunciá-lo”, afirmou o delegado da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga).

Segundo o depoimento do agressor, ele parou o carro próximo ao local do crime depois que a vítima pediu para urinar. Marina teria xingado e humilhado Eduardo na volta para o carro, e ele pegou uma pedra de 2 kg e a atingiu na cabeça. Em seguida, amarrou as mãos, a boca e a cabeça da vítima e a arrastou para a área de Cerrado.

O autor do crime, então, foi a um posto de combustíveis nas proximidades e comprou cerca de R$ 20 de gasolina para atear fogo ao corpo da pedagoga. Ele fugiu do local com o celular dela.

Além do mandado de prisão temporária, a PCDF cumpriu outros dois de busca e apreensão. Os policiais recolheram dois carros na residência onde ocorreu a prisão de Eduardo. Um deles teria sido o veículo usado no crime. Antes de sair com Marina, o suspeito teria deixado a mãe em casa e trocado de veículo. Apesar do relacionamento conturbado, ele dormiria na casa da companheira.

Segundo a PCDF, o agressor faltou ao trabalho no sábado e no domingo. Ele era funcionário de uma hamburgueria em Samambaia. E também se passou por Marina, quando conversou com uma amiga, pelo celular da vítima, na última segunda (16/5). Na quarta-feira (18/5), chegou a negar, do próprio aparelho, que sabia do crime para outra amiga de Marina.

A audiência de custódia de Eduardo deve ocorrer nesta terça (24/5).

Veja fotos da vítima:

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Irmã de Marina reconheceu o corpo por meio das tatuagens da jovem
Amigos e familiares de Marina lotaram as redes sociais de comentários
Corpo de jovem estava carbonizado e com marcas de tiro na cabeça
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Crime ocorreu em Taguatinga

Arquivo Pessoal
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Irmã de Marina reconheceu o corpo por meio das tatuagens da jovem

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Amigos e familiares de Marina lotaram as redes sociais de comentários

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Corpo de jovem estava carbonizado e com marcas de tiro na cabeça

Arquivo Pessoal

Conforme apurou a PCDF, o corpo da mulher apresentava uma lesão na testa e outros dois ferimentos na cabeça, provocados por disparo por arma de fogo. Os detalhes serão comprovados em laudo do Instituto Médico-Legal (IML). Tatuagens ajudaram a identificá-la, pois o corpo encontrava-se parcialmente carbonizado.

Marina nasceu em Rio Branco, no Acre. Ao Metrópoles a administradora Rosimeire Paz, 38, irmã da vítima, contou que Marina morava em Brasília havia seis anos. Formada em pedagogia e pós-graduada em educação especial, a caçula de cinco filhas chegou a trabalhar como professora na capital acreana, onde vivia com a família. “Em 2016, ela mudou-se para Brasília após se separar [do marido], mas não conseguiu trabalhar na área dela”, conta Rosimeire.

Quando chegou à capital federal, Marina teve apoio de uma irmã e de uma tia, com quem morou durante um período. Tempos depois, ela conseguiu um apartamento. Atualmente, vivia sozinha e trabalhava como caixa em uma loja de departamento, no Taguatinga Shopping.

De acordo com Rosimeire, a irmã “sempre foi uma menina tranquila, mas teve relacionamentos conturbados”.

O sepultamento de Marina ocorreu na manhã de domingo (22/5) no Cemitério São João Batista, em Rio Branco.

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