Novo líder do Comboio do Cão é preso na fronteira com a Bolívia
Leandro de Matos Pereira, conhecido como Baianinho, estava em uma casa entre Mato Grosso do Sul e o país vizinho
atualizado
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Apontado como sucessor de Wilinha na posição de chefe da fação criminosa Comboio do Cão, Leandro de Matos Ferreira, conhecido como Baianinho, foi preso nesta sexta-feira (28/5). Ele estava escondido na fronteira entre Brasil e Bolívia e foi encontrado após investigação da 10ª DP.
O criminoso era procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por ser participante de um roubo com restrição de liberdade ocorrido na QL 8 do Lago Norte em novembro do ano passado, além de já ter fugido, em outra oportunidade, do Centro de Detenção Provisória (CDP).
A apuração indica ainda que Leandro estava na região da fronteira entre Brasil e Bolívia para substituir as funções do também capturado pela PCDF em abril, William Peres Rodrigues, vulgo “Wilinha”, então chefe da Comboio do Cão.
Com a prisão, o investigado fica à disposição do Poder Judiciário e responderá pelos crimes que já cumpria pena. A ação contou com o apoio Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e da Polícia Boliviana da cidade de Puerto Quijarro, na fronteira com o Brasil.
Operação contra chefe foi realizada em abril
O líder da facção criminosa Comboio do Cão, Willian Peres Rodrigues, vulgo “Wilinha”, estava foragido desde 2019 e foi preso em abril deste ano.
O criminoso não havia sido encontrado pela PCDF durante a Operação Rosário, ocasião em que foram detidos membros da quadrilha acusados de vários crimes, como homicídios. À época, Willian fugiu para lugar incerto e, desde então, vinha sendo procurado pela polícia.
Contra ele havia quatro mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do DF. A ação desta sexta ocorreu na cidade de Paranhos (MS), divisa com o Paraguai, onde os agentes e delegados do Decor contaram com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Inteligência (DIP) e do Garras, outra unidade especializada da polícia local.
A facção comandada pelo preso atua em todo o DF no tráfico de drogas e armas, homicídios, lavagem de dinheiro e outros delitos. Uma característica que chama a atenção é a violência com que atua na eliminação de desafetos e traficantes rivais, fazendo uso de pistolas de grosso calibre de última geração, com acessórios que aumentam o poder de fogo, como seletor de rajadas e carregadores estendidos.
Esse tipo de equipamento bélico já havia sido apreendido na Operação Judas, deflagrada em janeiro deste ano pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Durante as investigações, a PCDF identificou que o alvo passou por alguns estados até se estabelecer na fronteira entre Brasil e Paraguai, de onde supostamente enviava drogas e armas para o grupo na capital do país.
Willian Peres Rodrigues foi preso em um imóvel residencial e não reagiu à ação dos policiais. Na residência foi encontrada uma pistola calibre 9 mm, com carregador estendido e grande quantidade de munição. Após a detenção, o suspeito foi imediatamente conduzido à cidade de Dourados (MS) e transportado para Brasília pela aeronave da Divisão de Operações Aéreas (DOA), onde permanecerá à disposição da Justiça.