Novo Lázaro? O que se sabe no 3º dia de buscas por Wanderson em GO
Homem de 21 anos está escondido em mata entre Alexânia e Abadiânia, cidades do Entorno do DF
atualizado
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A busca da polícia goiana por Wanderson Mota Protácio, 21 anos, chega ao terceiro dia nesta quarta-feira (1º/12). Acusado de cometer triplo homicídio no último domingo (28/11), ele já é chamado de “novo Lázaro” pelas semelhanças entre os crimes, fugas e locais usados como esconderijo.
Wanderson tem sido procurado na região rural de Abadiânia (GO), próximo a uma fábrica de cerâmica. Segundo já apurado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), o jovem teria matado a facadas a própria esposa, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a enteada, Geysa Aranha da Silva Rocha, de 2 anos.
Na sequência dos assassinatos, o caseiro invadiu a casa de um vizinho, roubou o revólver dele e matou a tiros o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos. Ele teria cometido o crime para roubar uma caminhonete. Neste mesmo episódio, tentou estuprar a esposa da vítima, de 45 anos, não conseguiu e a baleou. A mulher sobreviveu.
De posse do veículo roubado, ele percorreu alguns quilômetros em fuga até largá-lo na GO-225. Depois, vendeu alguns bens, como o celular da esposa, e conseguiu contratar uma pessoa que o levou até Abadiânia.
Desde então, a força-tarefa montada tem fechado o cerco na zona rural de Abadiânia e de Alexânia. Cerca de 50 pessoas estão envolvidas nas buscas. As investigações estão a cargo da Delegacia Regional de Anápolis, com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (GRCRD) e do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH).
Machado
Durante essa terça-feira (30/11), não foram divulgadas novidades pela PCGO sobre o caso. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, “outras informações só serão repassadas em momento oportuno a fim de que não prejudiquem o transcurso das investigações”.
O Metrópoles, no entanto, conseguiu conversar com um chacareiro da região que diz ter visto Wanderson.
Cleiton Batista, 39 anos, relata que ele estava usando boné vermelho, camiseta verde, calça jeans escura e botinas. O suspeito estaria mais queimado pelo Sol do que nas fotos divulgadas pela polícia.
Quando percebeu a aproximação do estranho, Cleiton teria corrido para dentro de casa e pegado um machado. Os dois teriam trocado palavras pela janela, sendo que o suspeito estava no alpendre da chácara. “Eu falei para ele se afastar para trás porque, se não, ia cortar ele. Ele falou: ‘Eu não sou bandido, não’, meio gaguejando”, contou.
A PCGO pede para que qualquer informação que possa ajudar na elucidação dos fatos seja repassada por meio dos telefones: (62) 98595-6557 ou 197.