Novo Hospital de Campanha do DF não será utilizado assim que ficar pronto
Local que será materno-infantil após a pandemia, não tem data para iniciar os trabalhos
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal não usará o Hospital de Campanha de Ceilândia de maneira imediata. Apesar de o término das obras estar previsto para os próximos 10 dias, a pasta pretende usar o local no combate à Covid-19 apenas se houver aumento no número de casos.
Segundo o secretário-adjunto de assistência à Saúde, Petrus Sanchez, o local estará pronto até o Natal. “A expectativa é ainda mais um mês para instalar os equipamentos oriundos do Mané Garrincha, mas mesmo assim, ainda aguarda RH”, diz.
Segundo Petrus, uma possível contratação de pessoal para trabalhar na nova unidade ainda não foi totalmente idealizada e há várias possibilidades a serem consideradas. “Podemos usar RH próprio, fazer alguma contratação…”, especula.
Fato é que o hospital só deve ser utilizado caso haja uma nova onda de contágio. “Não será de uso imediato”, afirma Petrus.
Mapeamento de casos
A informação foi confirmada durante o anúncio da preparação de um inquérito epidemiológico para entender quantos brasilienses, de fato, tiveram contato com o novo coronavírus na capital até o momento, e saber se haverá segunda onda da pandemia no DF. Mesmo assim, a pasta afirma que se prepara para o pior.
Em coletiva realizada no Palácio do Buriti nesta terça-feira (10/11), a SES informou que calcula um novo aumento de casos, se houver, para daqui a 3 ou 4 meses.
Para esse monitoramento, as Regiões Administrativas do DF serão dividas em conglomerados. Dentro de cada um desses, serão feitos sorteios das casas que terão a visita de profissionais da secretaria para testagem.
“O estudo é para avaliar como que o vírus tem circulado no território. Saber quantas já tiveram contato e quantas ainda poderiam ter”, diz Cássio Peterka, diretor da Vigilância Epidemiológica.
Segundo o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, só após essa informação que poderá ser traçado um melhor posicionamento do DF para o ano de 2021, uma vez que o resultado do inquérito deve sair em dezembro. “É impossível fazermos projeções sem esse inquérito”, explica.
Caso ocorra a segunda onda, o subsecretário de atenção integral a saúde Alexandre Garcia, explica que na Europa o número de mortes foi consideravelmente menor e que algo semelhante deve acontecer no DF.
“Nós já aprendemos a lidar melhor com a doença. Os protocolos já foram traçados e isso faz com que o tratamento seja mais rápido e eficaz, evitando as mortes”.