Novas vítimas vão à DP denunciar pedófilo preso por abuso de crianças no DF
Preso preventivamente, o acusado já se encontra detido na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele confessou o crime
atualizado
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Mais adolescentes procuraram a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) afirmando terem sido vítimas do pedófilo preso nessa quarta-feira (22/7), no Maranhão.
Em um dos novos casos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tomou conhecimento de uma denúncia registrada ainda em 2017.
“Descobrimos que ele usava um outro número e um terceiro perfil para cometer o crime. Desta vez, no nome de Ana Beatriz. O número vinculado ao perfil está no nome do autor”, explicou a delegada responsável pelas investigações, Elizabeth Frade.
Segundo a investigadora, a tendência é de que o número de vítimas aumente nos próximos dias. “Estamos o dia todo atendendo às vítimas. Só crescendo o número de adolescentes vítimas, mais de 60 prefixos foram intimados e estamos colhendo depoimentos”, acrescentou a policial.
Preso preventivamente, o acusado já se encontra detido na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele confessou o crime.
Rede de pedofilia
Após ouvirem as vítimas, os policiais civis irão investigar se o criminoso integrava uma rede de pedofilia e compartilhamento de pornografia infanto-juvenil. “Vamos ver se ele fazia compartilhamento das imagens com alguma rede. O celular dele foi apreendido e será encaminhado para a perícia”.
Aos policiais civis, o pedófilo afirmou que recebia vídeos e fotos e “guardava para ver depois”. “Localizamos outras ocorrências no mesmo número do autor aqui no DF e no celular dele encontramos mais de 60 números vinculados a adolescentes daqui”, finalizou Elizabeth.
O criminoso não teve identidade revelada em função da nova Lei de Abuso de Autoridade. As fotos e os vídeos desta reportagem foram borrados pela própria polícia. Segundo a PCDF, o homem se identificou como trabalhador autônomo.
Veja o momento da prisão:
Modus operandi
Vítimas do pedófilo cogitaram suicídio com medo do vazamento das fotos e vídeos de nudez enviados ao criminoso. A investigação teve início após pais de uma adolescente de 13 anos registrarem ocorrência na unidade policial.
Para ganhar a confiança das vítimas, de acordo com os investigadores, o suspeito se passava por uma adolescente. Ele usava um perfil falso no Instagram para conquistar a confiança das vítimas.
Quando ficava mais próximo dos jovens, o criminoso, então, fornecia um telefone para conversa via aplicativo de mensagens.
Ao longo dos diálogos, ele exigia que as vítimas o enviassem fotos e vídeos íntimos. Segundo os investigadores, o pedófilo exigia que os jovens introduzissem objetos no ânus ou se masturbassem – tudo deveria ser filmado e encaminhado.
Quem se recusasse a enviar o conteúdo era ameaçado pelo criminoso. O temor de que o suspeito tornasse as gravações e as fotos públicas levou vários adolescentes ao desespero. Alguns, segundo a PCDF, cogitaram suicídio.
Em nota, o Instagram afirmou que colabora com as investigações da Polícia Civil. “O Instagram não tolera esse tipo de comportamento ou o compartilhamento de conteúdo que traga exploração sexual infantil em sua plataforma”, disse a empresa.