No Novembro Azul, aparelho para cirurgia urológica do HBDF está quebrado
Responsável pelo hospital, o Iges-DF confirmou dano e disse ter finalizado contrato para fornecimento de equipamentos da especialidade
atualizado
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No mês dedicado à conscientização sobre a saúde do homem, o Novembro Azul, o hospital referência em tratamento e cirurgia de cálculo ureteral na capital do país está sem atender os pacientes que necessitam do procedimento de urgência e emergência. O aparelho a laser usado para a cirurgia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o maior da rede pública de saúde, está quebrado e sem previsão de conserto.
O cenário fez com que os pacientes fossem redirecionados para outras unidades da rede pública de saúde, o que gera não apenas decepção, mas também revolta naqueles que recorrem ao principal hospital da capital do país em busca de um atendimento para minimizar o desconforto causado pelo problema urológico. Os pacientes com cálculo ureteral apresentam cólica renal resultante da obstrução do sistema urinário.
“Desde a semana passada, o aparelho de laser, que é utilizado para quebra dos cálculos, está quebrado. Já solicitado manutenção. Solicitamos averiguação, pois esse procedimento necessita ser urgente para que o serviço não pare e o usuário não seja prejudicado”, confirma um documento interno da unidade ao qual a reportagem teve acesso.
De acordo com nota técnica da Secretaria de Saúde, datada de setembro de 2019, estima-se que cerca de 5% da população seja afetada pela condição no Brasil. No Distrito Federal, a demanda de pacientes com litíase urinária por atendimento de urgência chega a corresponder a mais da metade das consultas urológicas de alguns serviços.
“Ressaltamos que pacientes com litíase urinárias, quando não tratados da forma adequada, estão sujeitos a complicações graves como insuficiência renal, infecção urinária, sepse ou mesmo óbito”, reforçou a pasta no documento do ano passado.
Em outubro, o Metrópoles já havia noticiado problemas no serviço de urologia da unidade pública. À época, pelo menos 20 pessoas esperavam no 7º andar do principal hospital do Distrito Federal pela intervenção emergencial para a retirada de cálculo urinário, outro distúrbio tratado pela especialidade médica.
Além dos aparelhos sem funcionamento, houve desabastecimento de insumos, como a fibra laser, importante instrumento que permite maior rapidez nos tratamentos e contribui na diminuição de incômodos em pacientes.
O outro lado
Responsável pela administração do Hospital de Base, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) confirmou que houve uma falha no equipamento, mas que a equipe de manutenção já havia sido acionada. “Os reparos estão sendo providenciados”, frisou.
De acordo com a nota encaminhada pela assessoria de imprensa, a entidade informou que o procedimento “é regulado pelo Complexo de Regulação da Secretaria de Saúde do DF e, durante o período de manutenção do aparelho, os pacientes estão sendo direcionados para outras unidades. Os casos de emergência também são atendidos em outras unidades da rede”.
Para finalizar, o Iges-DF salienta que, “para evitar que o problema ocorra novamente, está finalizando um contrato de fornecimento de equipamentos urológicos para renovar o parque tecnológico, bem como para adquirir mais insumos, o que vai dobrar a capacidade de atendimento”.
Colaborou Caio Barbieri