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No Entorno do DF, somente 15% dos candidatos às prefeituras são mulheres

Os 33 municípios que compõem a Ride têm 157 concorrentes ao Executivo nas eleições 2020. Entre eles, 24 são do sexo feminino

atualizado

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mulheres na política
1 de 1 mulheres na política - Foto: IStock

As mulheres ainda são minoria na disputa e dentro dos cargos políticos no Brasil. Nas eleições municipais de 2020, dos 19.342 candidatos que concorrem ao cargo de prefeito, cerca de 2,5 mil pessoas do sexo feminino são candidatas. Ou seja, 12,9% do total, segundo levantamento feito pelo Metrópoles a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A situação é similar quando é feito um recorte para o interior do país, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ride).

Nos 33 municípios do Entorno da capital federal, 157 pessoas almejam chegar ao cargo de prefeito para gerir as regiões. Desses, 133 são homens e 24 mulheres, um percentual de 15,2% de candidaturas femininas.

Isso tratando-se de concorrentes ao pleito do próximo dia 15 de novembro, primeiro turno das eleições. Quando a realidade atual é analisada, dos 33 municípios que rodeiam o DF, somente três têm mulheres como chefe do Executivo Municipal. Hoje, Alvorada do Norte (GO), Planaltina de Goiás e São João da Aliança são comandados por mulheres.

Luziânia chegou a ser chefiada por uma mulher, em 2020. No entanto, após 120 dias afastado por suspeita de ter cometido assédio sexual contra servidores, o prefeito Cristóvão Tormin (PSD) reassumiu a cadeira que havia sido ocupada pela sua vice, Edna Aparecida (Podemos), desde fevereiro deste ano até a recondução do titular.

Confira os dados: 

Como funciona a majoritária municipal

Ao contrário do que ocorre nas eleições proporcionais, para vereadores, os pleitos para cargos majoritários, de prefeito, não exigem inscrição de 30% das mulheres para concorrer. Ou seja, o partido pode indicar quem quiser ou considerar ter o nome mais influente e conhecido para disputar a vaga. Não é necessário cumprir o percentual mínimo de mulheres.

“Na majoritária, não tem a cota, os partidos podem optar. Normalmente, são escolhidos candidatos mais conhecidos, que são homens. É preciso estranhar porque as mulheres não estão concorrendo ao poder e porque não entram no poder. Por exemplo, por que os partidos não querem colocar mulheres para disputar as majoritárias?”, questiona a cientista política, pesquisadora associada LabGen-UFF, Débora Thomé.

Para ela, é preciso pensar como será realizada essa renovação na política. “Na majoritária é sempre mais difícil. Os partidos vão para o tudo ou nada, só um será eleito e eles não investem em mulheres”, lamenta a especialista.

Confira quais municípios têm mulheres concorrendo à prefeitura: 

 

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