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No ensino médio, taxa de abandono escolar no DF aumenta 100% em um ano

Segundo levantamento, problema afeta principalmente as escolas públicas. Índices de reprovação e distorção da idade-série também preocupam

atualizado

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A taxa de abandono escolar no ensino médio praticamente dobrou entre 2020 e 2021 no Distrito Federal. Segundo pesquisa feita pelo instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), com base em dados coletados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021, o índice saltou de 0,6% para 1,1%. Os dados estão disponíveis na plataforma QEdu.

Em 2020, 625 estudantes deixaram as escolas públicas, federais e particulares na capital brasileira. No ano passado, foram de 1.244 alunos, configurando um aumento de quase 100%.

No caso do ensino médio, o abandono atinge apenas as escolas públicas e federais do DF. Juntas, elas amargam uma taxa de abandono de 1,3% em 2021. Entre os colégios particulares, o índice foi de 0% no mesmo período.

Anos iniciais e finais

Entre os alunos dos anos iniciais, houve redução do abandono de 0,2% para 0,1%. Em números absolutos, a evasão escolar passou de 406 para 164. Também foi registrada redução do abandono nos anos finais: de 380 para 210.

Em uma ação de fiscalização no controle de frequência durante a pandemia de Covid-19, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) observou uma taxa de evasão escolar de 16,29% num grupo de escolas públicas locais.

Os conceitos de abandono e evasão escolar são distintos. Evasão é o ato deixar de frequentar as aulas, onde não se vive o ambiente escolar. O abandono é quando a matrícula em unidades de ensino simplesmente não é feita.

Reprovação e distorção

De volta aos dados do Saeb, em 2021, a taxa de reprovação de todas escolas nos anos iniciais, finais e no ensino médio foram de, respectivamente, 3,6%, 4,3% e 11%. Considerando apenas os colégios públicos e federais, na mesma ordem, os índices de não aprovados ficaram em 4,8%, 5,3% e 13,9%.

Os alunos com atraso escolar de 2 anos ou mais sofrem de distorção da chamada idade-série. No caso do ensino médio, a média da distorção em 2021 foi de 29%. Ou seja, a cada 100 crianças, cerca de 29 estavam com atraso escolar. Em 2020, o índice era de 27,8%. Ou seja, houve aumento.

Entre 2020 e 2021, o índices de distorção no 2º e 3º ano do ensino médio se agravaram no DF. Subiram de 26,5% e 19,6% para 29,4% e 21,9%, respectivamente.

O problema atinge principalmente o campo. Entre as escolas urbanas, as taxas de distorção do 1º, 2º, e 3º anos do ensino médio foram de 35,1%, 29,1% e 21,7%, em 2021. Nas rurais, aceleraram respectivamente para 43,5%, 36,4% e 27,1%. Na média, atingiram o patamar de 36,9%.

No caso da rede pública, em 2021, a distorção nos anos iniciais ficou em 8,9% e nos finais chegou a 23,9% .

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