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No Dia Mundial da Água, fórum discute como lidar com a falta dela

Entre as discussões previstas para esta quinta (22/3) no 8º Fórum Mundial da Água, estão as que discorrem sobre crise hídrica e governança

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Barragem do Descoberto (capacidade máxima)
1 de 1 Barragem do Descoberto (capacidade máxima) - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

No Distrito Federal, o Dia Mundial da Água, celebrado nesta quinta-feira (22/3), será repleto de discussões sobre a falta do recurso. Os eventos que põem na mesa pautas sobre escassez hídrica recheiam a programação do 8º Fórum Mundial da Água.

Na segunda-feira (19), a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um relatório mundial, o qual aponta que, até 2050, 5,7 bilhões de pessoas viverão em áreas com potencial de apresentar falta de água. Atualmente, o número é de 3,6 bilhões.

Às 9h está marcada a cerimônia de abertura do evento Natureza para Água, no 8º Fórum Mundial da Água, exclusiva para participantes e imprensa credenciada. Na ocasião, estará presente o ministro de Hidráulica e Saneamento do Senegal, Mansour Faye. O país será sede do próximo evento global sobre o tema, em 2021.

A programação é extensa. Das 9h às 10h30, o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Ney Maranhão, coordenará o debate Gestão de Crises: Estratégias para as Bacias Hidrográficas nas Américas e na Ásia-Pacífico. A sessão pretende colocar em pauta os melhores métodos para superar a falta do recurso.

Das 10h às 12h, a World Wildlife Fund (WWF) promove um evento paralelo no qual abre espaço para troca de experiências entre observatórios de governança hídrica. O Observatório da Água terá como convidados o Observatório das Águas do Brasil (OGA) e órgãos semelhantes de outros países, como Espanha, Quênia e Japão.

Das 15h às 17h, o setor hidrelétrico se reúne para propor alteração à lei da Política Nacional de Segurança de Barragens.

Ainda à tarde, a espiritualidade se mistura com o recurso. O painel Água e Espiritualidade: O Encontro do Sagrado com a Vida promoverá reunião entre representantes de várias religiões para ressaltar a necessidade de compartilhar a água. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), prometeu comparecer.

Agenda diversificada
Além da agenda de debates, o 8º Fórum Mundial da Água tem oferecido uma grande variedade de atrações para os visitantes. Um dos lugares mais procurados é a Vila Cidadã, espaço aberto ao público.

Instalada na área externa do Estádio Mané Garrincha, a Vila Cidadã oferece atividades interativas e sensoriais para quem for ao evento. A entrada é gratuita.

Os visitantes podem se cadastrar no local ou pelo site do Fórum. A Vila funcionará até o dia 23 de março, das 9h às 21h.

Confira as principais atividades do local:

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Tem até neve de mentira. As crianças se divertem bastante e a concorrência para conhecer a Estação é grande
Além de curiosidades sobre a Antártica, durante o tour é possível ver como funciona uma estação de pesquisa
Já o Submarino propõe uma viagem ao fundo do mar. Por meio da realidade virtual, é possível ver todas as belezas das profundezas do oceano
O stand Voe pelas Águas do Brasil oferece aos visitantes um emocionante passeio virtual de asa-delta, sobrevoando locais conhecidos do país, como a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, as Cataratas do Iguaçu e o Pantanal Mato-Grossense
O sorriso do pequeno Vítor Luan, 13 anos, demonstra a felicidade por voar de asa-delta
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Uma das principais atrações da Vila Cidadã é a Estação Antártica. O local simula o continente gelado, inclusive com espaço climatizado

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Tem até neve de mentira. As crianças se divertem bastante e a concorrência para conhecer a Estação é grande

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Além de curiosidades sobre a Antártica, durante o tour é possível ver como funciona uma estação de pesquisa

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Já o Submarino propõe uma viagem ao fundo do mar. Por meio da realidade virtual, é possível ver todas as belezas das profundezas do oceano

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O stand Voe pelas Águas do Brasil oferece aos visitantes um emocionante passeio virtual de asa-delta, sobrevoando locais conhecidos do país, como a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, as Cataratas do Iguaçu e o Pantanal Mato-Grossense

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O sorriso do pequeno Vítor Luan, 13 anos, demonstra a felicidade por voar de asa-delta

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O Fundo do Mar faz jus ao nome, propondo uma espécie de ação ambiental. As crianças são estimuladas a recolher o lixo que está poluindo as profundezas do oceano

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Outra ação muito importante é o Plante Água. Dez mil mudinhas serão plantadas no povoado Olhos D'água, próximo à cidade goiana de Alexânia, logo após o Fórum. As pessoas podem adotar uma delas e acompanhar o desenvolvimento por meio de fotos, vídeos e relatórios

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O estudante Daniel Rêgo, 19 anos, aprovou a ideia. "Acho a proposta bem interessante. Não é algo solto. Vou poder acompanhar e não vai ficar só na promessa"

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No stand Bluevision, é possível acessar de forma interativa ideias e atitudes sustentáveis. Isso é feito por meio do manuseio de cubos que dão acesso aos conteúdos nas telas de LED

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O espaço PET Vira PET demonstra todo o ciclo de reciclagem das garrafas PET. "Não imaginava que era assim. Gostei bastante", contou o pequeno Davi, de 7 anos

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Mais de 70 mil pessoas já passaram pelo 8º Fórum Mundial da Água. Pela primeira vez na história, a edição do evento ocorre em um país do Hemisfério Sul. O encontro segue até 23 de março, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

O Metrópoles visitou os locais destinados para empresas e países prospectarem negócios, apresentarem soluções inovadoras de uso sustentável do recurso e mostrarem como lidam com a questão da água.

O Japão trouxe um modelo de estação de tratamento de água domiciliar. O projeto é utilizado em três milhões de residências do país e representa uma economia de mais de 40% no consumo hídrico dos lares. Parte é tratada nas casas, para ser reutilizada e voltar ao meio ambiente.

Outro modelo que merece destaque é a solução alternativa coletiva simplificada de tratamento de água para consumo humano em pequenas comunidades realizada com zeólito, denominada Salta-Z. A proposta da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi implantada em diversos municípios brasileiros.

De construção artesanal e com baixo custo, a Salta-Z clarifica e filtra águas superficiais (rios, lagos, etc), bem como remove ferro e manganês de águas subterrâneas.

Confira alguns exemplos:

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O Japão trouxe um modelo de estação de tratamento para reutilização de água doméstica. O projeto é utilizado em três milhões de residências japonesas e representa uma economia de mais de 40% no consumo dos lares. Parte é tratada nas casas, para ser reutilizada e voltar ao meio ambiente
Também do Japão veio a ideia de um projeto de irrigação a partir do controle da umidade do solo. O sistema é montado abaixo do nível dos rios e recebe água a partir da gravidade, fazendo a terra ficar mais úmida para o cultivo de arroz, por exemplo
No estande da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é possível conhecer o processo de tratamento da água na prática. Uma estação de realidade virtual recria o ciclo do recurso na natureza, desde os mananciais até as casas. A empresa também apresenta no local o programa Água Legal, que beneficia comunidades erguidas em terrenos públicos onde existem ocupação informal e abastecimento por “gatos”. Nesses locais, a companhia negocia com as prefeituras autorizações individuais e a documentação necessária para implantar tubulações, já que uma lei federal impede a instalação de sistema de saneamento em áreas sem infraestrutura urbana
No espaço da Eletrobras Furnas, o exemplo apresentado é o Sistema de Bacia de Evapotranspiração (BET).  Também conhecido popularmente como “fossa de bananeiras”, é um modelo fechado de tratamento de água negra, aquela usada na descarga de sanitários convencionais. Esse sistema não gera nenhum efluente e evita a poluição do solo, das águas superficiais e do lençol freático. Nele, os resíduos humanos são transformados em nutrientes para plantas, e a água só sai por evaporação, portanto completamente limpa. É uma alternativa indicada para comunidades onde não existe acesso à rede de esgoto, principalmente as localizadas em áreas rurais
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Modelo de montagem do tratamento de água superficial Salta-Z: de construção artesanal e com baixo custo, clarifica e filtra águas superficiais, bem como remove ferro e manganês de águas subterrâneas. Usado em conjunto com um dosador de cloro e, no caso de águas superficiais (rios, lagos, etc), com um dosador de coagulante, é capaz de suprir com água potável pequenas comunidades

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O Japão trouxe um modelo de estação de tratamento para reutilização de água doméstica. O projeto é utilizado em três milhões de residências japonesas e representa uma economia de mais de 40% no consumo dos lares. Parte é tratada nas casas, para ser reutilizada e voltar ao meio ambiente

Hugo Barreto/Metrópoles
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Também do Japão veio a ideia de um projeto de irrigação a partir do controle da umidade do solo. O sistema é montado abaixo do nível dos rios e recebe água a partir da gravidade, fazendo a terra ficar mais úmida para o cultivo de arroz, por exemplo

Hugo Barreto/Metrópoles
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No estande da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é possível conhecer o processo de tratamento da água na prática. Uma estação de realidade virtual recria o ciclo do recurso na natureza, desde os mananciais até as casas. A empresa também apresenta no local o programa Água Legal, que beneficia comunidades erguidas em terrenos públicos onde existem ocupação informal e abastecimento por “gatos”. Nesses locais, a companhia negocia com as prefeituras autorizações individuais e a documentação necessária para implantar tubulações, já que uma lei federal impede a instalação de sistema de saneamento em áreas sem infraestrutura urbana

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No espaço da Eletrobras Furnas, o exemplo apresentado é o Sistema de Bacia de Evapotranspiração (BET). Também conhecido popularmente como “fossa de bananeiras”, é um modelo fechado de tratamento de água negra, aquela usada na descarga de sanitários convencionais. Esse sistema não gera nenhum efluente e evita a poluição do solo, das águas superficiais e do lençol freático. Nele, os resíduos humanos são transformados em nutrientes para plantas, e a água só sai por evaporação, portanto completamente limpa. É uma alternativa indicada para comunidades onde não existe acesso à rede de esgoto, principalmente as localizadas em áreas rurais

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O acesso à Expo é restrito aos inscritos no Fórum. A área de exposição fica ao lado da feira, espaço gratuito e aberto ao público.

Horário de funcionamento
Expo: das 8h às 18h. No dia 23, funcionará apenas até as 14h
Feira: das 9h às 22h

 

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