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No DF, PM que matou homem e mentiu em depoimento está preso

O sargento Paulo Roberto Figueiredo havia alegado legítima defesa para matar Rafael Barbosa, mas câmeras de segurança o desmentiram

atualizado

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Caso do PM
1 de 1 Caso do PM - Foto: Reprodução/Facebook

O sargento da Polícia Militar Paulo Roberto Figueiredo, 47 anos, foi preso por determinação da Justiça. Ele é acusado de matar Rafael Barbosa Santos, 32, no dia 6 de junho, em frente à Feira de Ceilândia. Após o crime, o PM havia alegado legítima defesa, versão desmentida com a ajuda de imagens de câmeras de segurança instaladas na região.

Paulo Roberto foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar) no dia 11 de junho e, agora, teve a prisão preventiva decretada. Ele está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, na ala destinada aos policiais militares.

De acordo com as investigações conduzidas pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), o sargento atirou em Rafael pelo motivo fútil de ter se recusado a permanecer com o militar fazendo uso de bebida alcoólica. A vítima não tinha antecedentes criminais e, antes de ser baleado, tentava deixar o local para seguir para o trabalho.

 

De acordo com o delegado responsável pelo caso, André Leite, o PM mudou, em seu depoimento, a versão inicial. “Mas ela se manteve frágil. Ele chegou a dizer que havia percebido um volume na cintura de Rafael, como se fosse uma arma, mas isso jamais ocorreu. Foi um homicídio, isso é incontestável”, disse, cinco dias depois de ocorrido o assassinato.

Versão contestada
Os investigadores começaram a desconfiar da versão contada pelo policial quando tiveram acesso às imagens registradas pelas câmeras de segurança de um comércio próximo ao local. Os vídeos comprovam a relação amistosa que existia, até então, entre o militar e Rafael.

O PM também foi atingido, mas os investigadores acreditam em tiro acidental. A Polícia Civil aponta, ainda, não ter havido troca de tiros. Na perícia feita no local do crime, os investigadores chegaram à conclusão de que a posição das marcas dos disparos eram incompatíveis com uma troca de tiros, como alegou o militar.

Os peritos também não encontraram evidências para sustentar a versão de que o sargento teria sido rendido por Rafael e outro homem. Para a PCDF, a principal suspeita é de que o militar tenha atingido a própria perna.

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