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No DF, grávida diz que foi impedida de verificar qual vacina recebeu

Maria Luiza de Farias é gestante com comorbidade. Por determinação da Anvisa, a aplicação da AstraZenca em mulheres grávidas está suspensa

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Vacinação de professores no Guará
1 de 1 Vacinação de professores no Guará - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Para Maria Luiza Farias, de 30 anos, o momento de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, que era para ser um alívio, foi motivo de estresse e preocupação. Grávida no 5º mês de gestação, a moradora de Águas Claras conta que o profissional de saúde responsável não deixou que ela confirmasse o fabricante do imunizante aplicado nesta sexta-feira (18/6).

Além da gravidez, a brasiliense também tem tireoidite de Hashimoto, um tipo de doença na tireoide que configura comorbidade para a Covid-19. O caso aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº1, do Guará.

“Ele me tirou o direito de ver o que eu estava tomando, quando eu percebi já tinham aplicado, agora vou conviver com a dúvida se eu tomei a AstraZeneca ou a Coronavac”, afirma.

A brasiliense conta que acredita que todas as vacinas disponíveis são seguras contra a doença, e que não teria problema em tomar qualquer uma, caso não estivesse esperando um bebê. 

Em maio, o caso de uma mulher grávida que desenvolveu trombose e morreu após receber a vacina Oxford/AstraZeneca fez com que vários estados interrompessem a vacinação do grupo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou a suspensão do uso do imunizante em gestantes e puérperas até que a investigação fosse esclarecida.

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Maria Luiza está no 5º mês de gravidez

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Mais um 'Dia V' será realizado em 16/10

Fábio Vieira/Metrópoles
Direito

Ao Metrópoles, Maria Luiza conta que, após aguardar na fila, ela foi encaminhada para uma sala para fazer o preenchimento do cartão, onde sinalizou que estava grávida e que tinha tomado a primeira dose da Sinovac/Butantan. Depois, foi encaminhada para outro ambiente, onde, antes da aplicação, pediu para verificar o frasco do imunizante, mas o enfermeiro respondeu de forma hostil.

Conforme relato, ele mostrou a ela um outro frasco de amostra e disse que era o mesmo tipo que ela estaria tomando. “O rapaz tirou o frasco e colocou o conteúdo na seringa, e quando eu pedi licença e me aproximei para ver, ele falou que eu não poderia. Depois, me mostrou um outro vidro, do lado de fora. Foi tudo muito rápido, e enquanto eu estava discutindo com ele, a outra moça aplicou a vacina no meu braço”, lembra.

Por ser uma questão de saúde pública, todas as pessoas que forem receber a vacina contra a Covid-19 têm direito a pedir informações sobre o imunizante e detalhamento dos procedimentos de aplicação.

Questionada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do DF respondeu que “não procede a informação” de que a usuária gestante foi impedida de verificar a vacina que estava tomando. “O que ocorreu, mais precisamente às 13h, foi que ela pediu ao aplicador da vacina para manusear o frasco, o que não é permitido”.

A pasta defende que o aplicador seguiu corretamente os protocolos, e ressalta que todas as vacinas têm uma maneira específica de manuseio, que pode, inclusive, influenciar na imunização.

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