No DF, dos 4,5 mil obesos infectados pela Covid, 38% não resistiram
Obesidade está entre as comorbidades mais letais da capital. A média é de mais de uma morte a cada três infectados
atualizado
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O Distrito Federal registrou, desde o início da pandemia de Covid-19, 1.740 mortes de pessoas obesas causadas pela doença, de um total de 4.535 infectados. O número, segundo dados da Secretaria de Saúde, mostra que a média para portadores dessa comorbidade é de mais de um falecimento a cada três infectados, ou 38%.
Entre as comorbidades listadas no boletim diário fornecido pela pasta, a obesidade fica como a segunda mais letal. Só pacientes com nefropatias têm maior índice de óbitos, com 47% dos contaminados sendo vítimas fatais da Covid.
Veja, abaixo, o número de casos e óbitos para cada comorbidade. A porcentagem que aparece ao lado é relativa ao total.
O Metrópoles noticiou ao longo da pandemia diversos estudos que mostram a relação direta entre obesidade e complicações da Covid. Nos Estados Unidos, cientistas concluíram que o risco de morrer aumenta em até quatro vezes.
Quem é considerado obeso?
O critério utilizado para avaliar e classificar o estado nutricional de uma pessoa é o Índice de Massa Corporal (IMC), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. A fórmula para o cálculo do IMC é peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: uma pessoa de 80 quilos e 1,70 de altura deve dividir 82 por 1,70×1,70, obtendo o IMC de 27,68.
A pessoa é classificada com excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 kg/m²; e com obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30 kg/m². Vale lembrar também que a doença possui três estágios: a obesidade de grau 1 (IMC>30 kg/m² e IMC<35 kg/m²), grau 2 (IMC>35 kg/m² e IMC<40 kg/m²) e o estágio mais grave, de grau 3 (IMC>40).