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No DF, até tigre vai ao dentista. Veja o cuidado com os animais do zoo

Equipe multidisciplinar cuida da saúde dos animais do zoológico. Rabisco (foto), por exemplo, passou por endoscopia e tratamento dentário

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Toninho Tavares/Agência Brasília
Exames gerais são rotina para os animais do Zoo de Brasília
1 de 1 Exames gerais são rotina para os animais do Zoo de Brasília - Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Foram cerca de duas horas de cirurgia com acompanhamento de uma equipe multiprofissional até Rabisco ter um dos dentes completamente restaurado. O cuidado, que no caso dele começou dias antes, com a programação do procedimento, não é exclusividade do tigre e se estende a todo o plantel da Fundação Jardim Zoológico de Brasília.

Rabisco a princípio passaria apenas por uma endoscopia e exames gerais de rotina, mas a equipe percebeu que ele precisava fazer um canal para recuperar uma das presas superiores, o que ocorreu em 25 de julho.

O diretor de mamíferos do zoo, Filipe Reis, conta que, em grande parte das vezes, os problemas de saúde são percebidos pelo tratador, que tem contato próximo com os bichos. É quem cuida diariamente do animal que avalia se ele se alimenta normalmente, se o comportamento mudou ou se há realmente algo de errado. Além de tratar problemas pontuais, todos os bichos passam por exames de rotina.

Equipe multiprofissional garante a segurança e o cuidado com o animal
A equipe multiprofissional que cuidou de Rabisco e de outros quatro felinos em julho é formada por veterinários, biólogos, zootecnistas e tratadores. Um especialista em saúde bucal veio da Universidade de São Paulo (USP) para ajudar o grupo.

O planejamento para grandes intervenções começa com dias de antecedência. No caso dos grandes felinos, envolveu cerca de 48 horas de jejum, para não atrapalhar a anestesia, e um manejo cuidadoso no caminho do recinto até o hospital veterinário do zoo.

Tratar um animal selvagem é diferente de um doméstico. Então, aproveitamos que temos de usar a anestesia para fazer logo uma avaliação geral.

Roberto Fecchion, veterinário da USP

Durante o procedimento, outro especialista avalia os batimentos cardíacos e como cada bicho se comporta. “Tratar um animal selvagem é diferente de um doméstico. Então, aproveitamos que temos de usar a anestesia para fazer logo uma avaliação geral”, explica o veterinário da USP Roberto Fecchion.

Uma observação minuciosa no pós-operatório também é importante. É preciso, dependendo do caso, mudar a alimentação até que o animal melhore e fazer um acompanhamento veterinário mais rigoroso.

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A equipe multiprofissional que cuidou de Rabisco e de outros quatro felinos em julho é formada por veterinários, biólogos, zootecnistas e tratadores
Um especialista em saúde bucal veio da Universidade de São Paulo para ajudar o grupo
Os animais são submetidos a anestesia geral...
...Só assim para as feras ficarem imobilizadas pelo tempo necessário
No período em que os bichos estão desacordados, os profissionais aproveitam para realizar uma série de exames
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Em julho, o tigre Rabisco passou por duas horas de cirurgia para fazer um tratamento de canal em uma das presas superiores

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A equipe multiprofissional que cuidou de Rabisco e de outros quatro felinos em julho é formada por veterinários, biólogos, zootecnistas e tratadores

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Um especialista em saúde bucal veio da Universidade de São Paulo para ajudar o grupo

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Os animais são submetidos a anestesia geral...

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...Só assim para as feras ficarem imobilizadas pelo tempo necessário

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No período em que os bichos estão desacordados, os profissionais aproveitam para realizar uma série de exames

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Rabisco na maca

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Tratamento é feito no próprio zoológico

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Seringa fixada em uma das presas do felino

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Com os cuidados médicos, os animais têm a saúde avaliada periodicamente

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Procedimento dentário no zoológico de Brasília

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Profissionais cuidam de Rabisco

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Com Rabisco desacordado, os profissionais aproveitaram para fazer uma endoscopia

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Tratamento VIP

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Dia a dia agitado para os veterinários do zoo
Beiçola é um macaco-prego com idade avançada. Há mais de um ano, ele é um dos que vivem sob atenção do hospital veterinário do zoológico.

Rejeitado pelo grupo, o pequeno primata apanhou algumas vezes dos companheiros e após uma das brigas chegou a perder parte da língua. Hoje, ele é acostumado ao cuidado humano. “Ele já foi (para o recinto com os outros macacos da mesma espécie) e voltou várias vezes, mas não se adapta”, pontua a veterinária da fundação Fernanda Fontoura.

O espaço também trata de Joe, um bugio fêmea que foi resgatado com a cara desfigurada e precisou passar por uma reconstrução facial. Ele ficou apenas com uma pequena cicatriz perto da boca.

Os animais que passam pela equipe veterinária geralmente seguem para os recintos da área de visitação, como Cacau. A paca fez uma cirurgia oftalmológica para corrigir uma úlcera de córnea há menos de um mês e já se recupera bem.

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