No DF, 88,5% dos motoristas e entregadores informais de app são homens
O dado consta no sumário executivo Prestadores de Serviço por Aplicativo (PSA), divulgado nesta segunda-feira (19/12), pelo IPEDF
atualizado
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) aponta que 88,5% dos prestadores informais de serviço por aplicativo da capital federal são do sexo masculino. O dado consta no sumário executivo Prestadores de Serviço por Aplicativo (PSA), divulgado nesta segunda-feira (19/12).
Segundo o Instituto, o número estimado de pessoas que prestam esse tipo de serviço no DF, sendo elas com carteira assinada ou não, é de 30.159 colaboradores. O percentual de trabalhadores PSA informais no DF é de 69,6%, enquanto o de PSAs formais é de 30,4%.
Na Pesquisa Distrital por mostra de Domicílios, a classificação de prestação de serviço por aplicativo é definida como transporte de passageiros por aplicativo, entre eles o Uber, 99 e Cabify. E ainda, a entrega de produtos ou serviços, pelo Ifood, Uber Eats, Rappi, James, Cornershop.
As diferenças dos sexos é maior nos PSAs do que na população em geral. Para os trabalhadores com carteira assinada, enquanto a média de homens é de 54,0% para a população geral, nos prestadores de serviço por aplicativo a proporção é de 76,9%.
No caso dos trabalhadores informais, essa diferença é ainda maior, atingindo um nível médio de 88,5% de homens para os trabalhadores por aplicativo.
Quanto à raça desses trabalhadores, observa-se que os pardos são em média, em termos percentuais, mais numerosos entre os trabalhadores por aplicativo informais em comparação com os informais como um todo da população do DF.
Nível de escolaridade e rendimentos
O nível de escolaridade mais frequente entre os prestadores de serviço por aplicativo é o ensino médio completo. Estima-se um percentual de 42,7%. A escolaridade com o segundo maior percentual é o ensino superior completo (25,5%).
Já o salário médio estimado para os PSAs informais foi de R$ 2.523,23.
Existe uma recorrente diferença salarial entre os sexos, favorecendo os PSAs homens. Dentro da escolaridade do ensino médio completo – escolaridade mais recorrente entre os PSAs -, a diferença é de pelo menos R$ 472,90 (salário masculino 27,7% maior).
O nível salarial para ambos os sexos se eleva expressivamente na presença do ensino superior completo. Enquanto as médias para médio completo e superior incompleto são relativamente próximas para ambos os sexos, o valor estimado no grupo com ensino superior é mais elevado: a média masculina salta de R$ 2.535,64 para R$ 4.875,51.
Já a feminina vai de R$ 1.992,31 no ensino superior incompleto para R$ 3.845,03, ou seja, em média, mais de R$ 1.000 a menos.
Moradia e deslocamento
Em relação ao local de moradia dos trabalhadores, as regiões que se destacam como principais residências são Samambaia, Guará, Gama, Santa Maria, Águas Claras, Riacho Fundo II e Vicente Pires.
As Regiões Administrativas Samambaia (9,2%), Guará (7,2%) e Santa Maria (6,9%), somam 23,4% do total de PSAs no DF.
O percentual médio de prestadores de serviço por app que tem seu local de trabalho sediado no Plano Piloto é 28,6%, em média. De uma forma geral, os trabalhadores por aplicativo não se deslocam a trabalho para regiões de faixa de renda inferior àquela de onde vivem.