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No DF, 46% dos testes positivos para HIV foram em jovens de 20 a 29 anos

Números constam no último boletim epidemiológico do HIV e da Aids da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), de dezembro deste ano

atualizado

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1 de 1 Imagem mostra fita laranja, símbolo da aids e hiv, na mão de uma pessoa - Metrópoles - Foto: Burak Karademir/Getty Images

Jovens de 20 a 29 anos foram os que mais receberam resultado positivo para HIV no Distrito Federal em 2021. O dado consta no último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Apesar da redução de 13,3%, a faixa etária ainda representa 46,5% dos casos. O segundo grupo com maior proporção média de diagnósticos foi o de 30 a 39 anos ─ com 27,4%.

O boletim epidemiológico traz informações quanto à sorologia por idade, sexo, raça e região administrativa. Também há dados quanto a óbitos e casos de Aids, que é quando a doença provocada pelo HIV se manifesta, trazendo complicações aos pacientes.

Neste caso, as maiores proporções registradas também ficaram com jovens de 20 a 29 anos (32,8%), seguidos por pessoas de 30 a 39 anos (29,3%) e de 40 a 49 anos (21,2%).

Entre 2017 e 2021, a pasta notificou 3.633 de infecção pelo HIV no DF e 1.443 casos de Aids. No período, constatou-se a redução do coeficiente de detecção de Aids por 100 mil habitantes. Ele caiu de 12,4, em 2017, para 7,9, no ano passado. Em relação ao HIV, observou-se um leve aumento nos casos positivos para a infecção em 2021.

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo

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“Intensificar medidas de proteção”

Para a infectologista Valéria Paes, é necessário que o assunto seja discutido também em outras épocas do ano. O tema ganha atenção especial neste período especificamente por conta do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro.

“A gente precisaria intensificar as medidas de prevenção para que as pessoas saibam que é uma doença ainda presente na nossa sociedade. É o que o boletim mostra. Precisávamos de campanhas mais intensivas de prevenção para que as pessoas tivessem mais adesão. Tenho pacientes que recebem o diagnóstico e eles não têm noção que pode acontecer com ele”, analisa a especialista.

Para Valéria, é preciso comunicar de forma mais eficaz que o HIV tem tratamento e que é possível ter uma boa qualidade de vida, mesmo com a infecção. “As pessoas têm de encontrar o método de prevenção mais adequado à realidade delas, como uso de preservativos, prevenções por meio de medicamentos ou profilaxia pré-exposição (PrEP). E entender que a relação sexual saudável pode ser prazerosa e sem esses efeitos colaterais das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)”, recomenda.

A infectologista também reforçou a importância da testagem periódica, como ferramenta de controle dos números da infecção.

No ano passado, 93% das pessoas em tratamento com terapia antirretroviral (TARV) apresentaram carga viral abaixo de 50 cópias/mL, considerada indetectável pelos parâmetros nacionais. Quando indetectável, o paciente não transmite o HIV, o que faz com que o vírus circule cada vez menos. É por isso que especialistas insistem na importância da testagem como forma de prevenção.

Óbitos no DF

A pasta registrou, durante os quatro anos analisados, 505 óbitos que tiveram a Aids como causa básica. O coeficiente de mortalidade por 100 mil habitantes registrou queda de 21,6% ─ passando de 3,7, em 2017, para 2,9, em 2021.

Do total de mortes notificadas, 73,5% ocorreram em pessoas do sexo masculino e 26,5% do sexo feminino ─ respectivamente 371 e 134 óbitos.

Números no país

No início do mês, o Ministério da Saúde divulgou o boletim epidemiológico a nível nacional. O documento revelou redução do coeficiente de mortalidade por HIV/Aids em 24,6% na última década. O índice passou de 5,6, em 2011, para 4,2 óbitos a cada 100 mil habitantes em 2021. A pasta federal calcula, segundo dados de 2021, que 960 mil pessoas vivem com HIV/Aids no país, das quais 108 mil ainda não têm conhecimento da sorologia positiva.

O Ministério da Saúde também aponta que oito em cada 10 cidadãos brasileiros convivendo com o HIV estão em tratamento. Destas, 95% (665 mil) pessoas estão em supressão viral — ou seja, quando a carga viral no organismo é suficientemente baixa para impedir a transmissão da doença.

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