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No DF, 12 pessoas são infectadas por dengue a cada hora. Veja cuidados

Desde o início do ano até 14 de abril, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal notificou 29.480 casos suspeitos da doença

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Dengue mosquito (Aedes aegypti, yellow fever mosquito)
1 de 1 Dengue mosquito (Aedes aegypti, yellow fever mosquito) - Foto: João Paulo Burini/ Getty imagens

Desde o início do ano até 14 de abril, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) notificou 29.480 casos suspeitos de dengue. O 14º boletim epidemiológico, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, aponta que, a cada hora, cerca de 12 pessoas são infectadas pelo mosquito Aedes aegypti na capital do país.

Do total de casos suspeitos da doença, 26.813 eram prováveis. O número representa aumento de 520,1% nos casos prováveis, se comparado ao mesmo período de 2021, quando houve 4.137 registros de dengue no DF.

Com relação ao perfil dos casos prováveis de dengue por sexo e grupo etário entre os moradores da cidade, a maior incidência dos casos é entre pessoas do sexo feminino, com 888,8 casos por 100 mil habitantes. No que se refere à idade, o grupo etário com maior ocorrência da doença está entre 70 a 79 anos, com 1.017,3 casos por 100 mil habitantes.

Ceilândia lidera o ranking de notificações, com 5.024. Em seguida, aparecem Samambaia (2.084), São Sebastião (1.980) , Taguatinga (1.531) e Planaltina (1.422). Somadas, essas cinco regiões administrativas apresentaram 46,9% dos casos prováveis de dengue do DF.

Casos graves e óbitos

Ao contrário da quantidade de casos prováveis, a taxa de mortalidade da dengue no DF diminuiu quando comparada com 2021. Houve um óbito provocado pela doença neste ano. No mesmo período do ano passado, foram registradas seis mortes. Até esta semana epidemiológica, são 23 casos graves e 373 com sinais de alarme.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Vigilância à Saúde

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, avalia que a Covid-19 fez diminuir as ações de prevenção à dengue ao longo de todo o ano de 2021, pois havia restrições para os agentes entrarem nos domicílios. Além disso, o acúmulo de lixo nas residências e o aumento na densidade das chuvas contribuíram para o surgimento de uma superpopulação do mosquito Aedes aegypti.

“Há muito tempo, não tínhamos o sorotipo 1 da dengue aqui no DF, que é o que tem se manifestado na população. Posso afirmar com certeza que cerca de 97% dos focos da doença estão nas residências, em locais onde há acúmulo de água parada. Por isso, é importante que a população incorpore o trabalho dos agentes de saúde, pois não conseguimos monitorar em tempo real a casa de cada indivíduo”, comentou Valero.

Mesmo com o aumento significativo, o chefe da pasta destaca a atenção total na rede de saúde aos pacientes infectados pela dengue. “Estamos mapeando as regiões com maior ocorrência de infecção, contratamos mais de mil agentes e incorporamos tendas de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde do DF“, detalhou o subsecretário.

Em Ceilândia, Brazlândia, Planaltina, Sobradinho, São Sebastião e Paranoá, foram instaladas tendas na área externa das UBSs para prestar os cuidados iniciais aos pacientes. Treze carros também percorrem as ruas das regiões com maior incidência de casos para a aplicação do chamado “fumacê”.

Veja cuidados importantes no combate à dengue:
– Tampe caixas d’água, tonéis e latões;
– Guarde garrafas vazias viradas para baixo;
– Guarde pneus sob abrigos;
– Não acumule água nos pratos de vasos de plantas e encha-os com areia;
– Mantenha desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
– Mantenha lixeiras fechadas.

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