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No DF, 12% das empresas preveem falência devido ao coronavírus

Sondagem inédita realizada pela Fecomércio aponta, ainda, que 40,1 % dos empresários pretendem demitir colaboradores

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Lojas fechadas na W3 sul
1 de 1 Lojas fechadas na W3 sul - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O impacto no comércio do Distrito Federal devido às medidas tomadas para combater o novo coronavírus foi destrutivo. Na capital Federal, 12% das empresas acreditam que a tendência é fechar as portas definitivamente. Para tentar se manter funcionando, 40,1% pretendem demitir colaboradores.

Os dados são de sondagem solicitada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF) ao instituto Opinião Informação Estratégica e para Sphinx Brasil. A entidade encomendou o estudo para contabilizar os prejuízos e saber quais medidas estão sendo tomadas nos setores de comércio, serviços e turismo.

Em um questionário de múltipla escolha, o estudo abordou quais providências as organizações estão adotando durante a crise. Além das que vislumbram falência e demissões, 51% pretendem conceder férias coletivas.

Além disso, 77% encerraram completamente o atendimento ao público; 78% elaboraram plano de gestão de crise; e 37% colocaram os funcionários em home office.

A coleta dos dados para o levantamento começou a ser feita no dia 23 de março, com um grupo de 131 empresários da base da Fecomércio. A plataforma será atualizada diariamente.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, avaliou a atual situação como grave e destacou que a federação tem tomado medidas para ajudar na manutenção dos empregos e das empresas da cidade. Ele destacou que uma dessas ações foi a obtenção de uma linha de crédito, junto ao Banco de Brasília (BRB), no valor de até R$ 1 bilhão para as empresas dos sindicatos filiados à Federação. A taxa de juros negociada ficou em 0,80% ao mês – valor abaixo do mercado.

“Vários segmentos estão sendo afetados pelo fechamento de estabelecimentos comerciais. Estamos tentando aliviar as demissões e ajudar o empresário a se manter, principalmente o pequeno empreendedor da cidade”, disse Francisco Maia. Na primeira semana de interrupção do comércio na capital do país, o novo coronavírus causou estragos em diversos segmentos, sobretudo no de bares e restaurantes, que tiveram prejuízo de 60% em seus faturamentos.

Cenário caótico

Sócio da Opinião Informação Estratégica, o estatístico Alexandre Garcia aponta que a economia vive um momento de incerteza, o que leva a um cenário caótico. Ele acredita que a esperança dos empresários é que o governo tome alguma atitude em relação aos impostos e subsídios.

“Quando essas empresas são afetadas, o desemprego é imediato. O único ator que pode exercer uma influência positiva em relação ao assunto é o governo”, ressaltou Garcia.

Movimento em baixa

A sondagem mostra ainda que 52,4% dos entrevistados, até essa sexta-feira (27/03), relatam diminuição no número de clientes em seus estabelecimentos entre 91% a 100%. Somente 0,8% disse que o impacto negativo foi de até 10%.

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