“Ninguém vai pegar ninguém na marra para tomar a vacina”, diz Ibaneis
Ao deixar a CLDF, onde participou de posse da Mesa Diretora, governador diz que debate sobre obrigatoriedade da vacinação é “vazio”
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) participou, no primeiro dia de 2021, da posse da Mesa Diretora na Câmara Legislativa. Ao deixar o plenário, acompanhado pela primeira-dama Mayara Rocha, disse esperar que a vacinação contra o coronavírus comece no Distrito Federal entre o final de janeiro e o início de fevereiro, seguindo as determinações do Ministério da Saúde. Ressaltou ainda que ninguém será obrigado a se imunizar, mas acredita que, quando a vacina estiver disponível, a população vai buscar as unidades de saúde.
“Eu tenho ouvido as falas do ministro da Saúde (Eduardo Pazuello) – até o final de janeiro e início de fevereiro, a gente já teria algumas doses da vacina, principalmente para os grupos de risco. Então, isso já nos anima muito”, afirmou o chefe do Executivo do DF.
Segundo o governador, apenas a vacina poderá permitir a retomada segura da economia e do convívio social. “Todo mundo está esperando que essa vacina chegue rápido, para que possamos virar a página dessa pandemia que tem assolado toda população mundial e colocado o Brasil – e Brasília não está fora disso – em uma dificuldade econômica muito grande, sem falar da quantidade de vidas que nós já perdemos”, pontuou.
“Todo mundo fica nesse susto (com a pandemia). Agora com a reinfecção, no aumento do número de casos. A gente tem que fechar as UTIs, tem que deixar de lado as cirurgias eletivas”, lamentou.
Na leitura de Ibaneis, o debate sobre a obrigatoriedade ou não da vacinação é “vazio”. “Não é razoável que a população, tão assustada com esse vírus, não vá se vacinar. Agora, saiu uma decisão do Supremo (Tribunal Federal) sobre isso. Ninguém vai pegar ninguém na marra, na força, para tomar a vacina”, argumentou.
No dia 17 de dezembro de 2020, o plenário do STF decidiu, por unanimidade, que quem optar por não receber as doses da vacina contra a Covid-19 deverá sofrer punições ou medidas restritivas. Isso não quer dizer que as pessoas serão obrigadas a se imunizar, mas poderão sofrer sanções, como serem impedidas de entrar em determinados locais.
“Acho esse debate muito vazio. A partir do momento que existir a vacina e ela estiver disponível, eu tenho convicção de que a maioria da população vai se vacinar”, declarou.
Com fim do auxílio emergencial, Ibaneis prevê aumento da pobreza no Distrito Federal. Para estancar a crise, o emedebista pretende reforçar o plano de obras do governo e ampliar os programas sociais.
“A gente tem a expectativa de que seja um ano difícil, principalmente por conta do desemprego. O auxílio emergencial do governo federal acabou agora. O auxílio mudava a realidade de quem estava necessitado”, ressaltou o governador.
De acordo com Ibaneis Rocha, grande parte da população sobrevivia com o auxílio emergencial. “Então a gente espera que tenha um empobrecimento muito grande e aumento do desemprego também”, alertou.
Além da injeção de dinheiro na economia com obras, o GDF pretende reforçar o programa Prato Cheio. Em 2020, a distribuição de cestas básicas saltou de 6 mil para mais de 40 mil unidades. “A expectativa é a gente avançar para chegar a pelo menos 50 mil famílias no DF”, contou o titular do Executivo distrital.
O objetivo do benefício é ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade a se alimentarem durante o estado de calamidade pública causado pela pandemia de Covid-19.
Posse na CLDF
A posse ocorreu presencialmente no plenário da CLDF. Outras autoridades participaram, a exemplo do presidente da Federação das Indústrias de Brasília (Fibra), Jamal Bittar. Estavam presentes também lideranças religiosas. Todos usavam máscaras.
Durante seu discurso de posse, o presidente reeleito, Rafael Prudente (MDB), elencou as prioridades para o próximo biênio. “Vamos trabalhar para gerar mais empregos, para a retomada da economia e, principalmente, para cuidarmos da saúde da população”, destacou.
Confira a formação da nova Mesa Diretora:
Presidente: Rafael Prudente (MDB)
Vice-presidente: Rodrigo Delmasso (PRB)
Primeiro-secretário: Iolando Almeida (PSC)
Segundo-secretário: Robério Negreiros (PSD)
Terceiro-secretário: Reginaldo Sardinha (Avante)
Ouvidor: Fernando Fernandes (Pros)
Corregedor: Hermeto (MDB)