“Se a gente demora, ninguém sabe o que aconteceria”, diz tio de menina de 12 anos raptada
Garota de 12 anos foi resgatada de apartamento na 411 Norte com as pernas algemadas. Ela foi sequestrada quando se dirigia a escola
atualizado
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Por volta das 17h da última quarta-feira (28/6), a família da garota de 12 anos sequestrada no Jardim Ingá, em Luziânia (GO), no Entorno do Distrito Federal, começou a se preocupar. Naquele horário a menina ainda não tinha voltado da escola, que fica perto da residência.
“Aí bateu aquele desespero. Se a gente demora, ninguém sabe o que aconteceria”, conta um dos tios da garota, que não terá o nome revelado para não identificar a vítima.
Ele conta que havia chegado do serviço, às 18h, quando recebeu o telefonema da mãe da menina perguntando se sabia do desaparecimento. O morador de Valparaíso, cidade próxima de Luziânia, também no Entorno, então correu para a casa da irmã.
A família foi até a escola onde a menina estuda e descobriram que a filha nem sequer havia comparecido às aulas naquele dia.
Acionaram os vizinhos para checar imagens de câmeras de segurança e publicaram pedidos de ajuda nas redes sociais.
Foi quando um dos outros tios da vítima, que trabalha na Polícia Militar de Goiás (PMGO), acionou o Serviço de Inteligência da corporação e passou a refazer os caminhos da menina, desde que saiu de casa.
Eles descobriram que, por volta das 12h30, a garota foi abordada por um casal em um Ford Ecosport preto e obrigada a entrar no veículo.
O tio relata que a dupla desceu do carro com uma faca e a mulher colocou um pano no rosto da vítima. “Aí ela desfaleceu”, explica.
Com base na placa, os policiais goianos e militares do DF chegaram ao sequestrador: Daniel Moraes Bittar, 42 anos. No apartamento dele, localizado na 411 Norte de Brasília, os policiais encontraram a garota dopada e algemada na cama. O homem e a namorada dele, cujo nome não foi divulgado, foram presos.
Auxílio policial
O tio, que não participou das investigações, disse que a ajuda do integrante da PMGO foi fundamental para acalmar os ânimos dos parentes. “Foi muito bom ter um braço forte para estar dando um apoio, um rumo. Quantas pessoas não conseguem ter essa resposta rápida que a gente teve. Tivemos essa recompensa”, disse.
Apesar da ajuda, a mãe da garota chegou a desmaiar enquanto registrava o boletim de ocorrência na delegacia de Luziânia (GO). “Minha irmã estava muito tensa, chorando”, relata.
Daniel Moraes Bittar, que trabalhava como analista de tecnologia da informação (TI) no Banco Regional de Brasília (BRB) e escritor.
Em nota, o BRB disse que “repudia veementemente todas as práticas criminosas, especialmente as de cunho sexual e contra menores”: “O Banco informa, ainda, que ao tomar conhecimento da prisão do empregado, adotou todas as medidas administrativas e atuará sob o rigor da lei”.