Nícolas, 4 anos, precisa de doação de sangue para cirurgia nas pernas
Garoto sofre de paralisia cerebral e passará por procedimento de alongamento dos tendões na Rede Sarah para andar com mais facilidade
atualizado
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Nícolas de Oliveira não possui a movimentação completa das pernas e caminha com andador. Porém, leva uma vida alegre e ativa, ao lado da família e dos amigos. Quando tinha 1 ano, o menino foi diagnosticado com paralisia cerebral. Agora, com 4, Nícolas passará por uma cirurgia de alongamento dos tendões que pode lhe trazer a chance de conseguir ficar em pé sozinho e se locomover melhor.
O menino, que mora em Brazlândia com a família, será internado no dia 25 de outubro. Para o procedimento, a rede Sarah de hospitais de reabilitação pede a colaboração de doadores de sangue. A doação pode ser feita na fundação Hemocentro de Brasília em nome de Nícolas de Oliveira dos Santos, para o Hospital Sarah Centro.
“Temos que colaborar, afinal, 80% das cirurgias da rede são de pacientes de outros estados, que não têm com quem contar. Esse sangue também pode ajudar outras crianças”, pede a mãe do menino, Jozilene Cidéia de Oliveira, 42 anos, professora.
Apoio e superação
Se para a maioria das pessoas caminhar é uma tarefa simples, para Nícolas a situação é diferente. Segundo os médicos do Sarah, ele precisa fazer um esforço de três a quatro vezes maior para conseguir andar. O andador é um amparo para evitar dores e desgaste. Encontrar sapatos adequados para ele também não é tão fácil. No entanto, a cirurgia pode mudar o cenário.
De acordo com Jozilene, o procedimento de alongamento dos tendões permitirá que Nícolas estique as pernas e pise com a sola do pé. Ela conta que ele nunca ficou em pé sozinho, e que tem medo de cair. Acredita que, se tudo correr bem, o filho terá mais segurança emocional. Com a correção nas falhas causadas por lesões musculares, poderá se arriscar a andar, embora não seja possível fazer uma previsão exata.
Nícolas não consegue realizar algumas tarefas sozinho, como, por exemplo, tomar banho ou ir ao banheiro. Para isso, conta com o auxílio da família e da escola. O garoto participa de todas as atividades que pode, até mesmo esportes, e é uma figura conhecida em todo o colégio. Recebe muito carinho dos colegas e instrutores.
“O sonho do Nícolas é conseguir colocar o pé todo no chão. Sempre que ele tenta e consegue, nos chama para ver e diz: ‘Olha aqui, mamãe, eu consegui. Mas dói muito’”, conta sua mãe.
A mãe de Nícolas, inclusive, trabalha como professora na mesma escola em que o filho estuda. Ela conta que a intenção é acompanhá-lo, mas não vigiá-lo. Lá, segunda ela, o garoto recebe os estímulos necessários para seu desenvolvimento.
Diagnóstico
O diagnóstico veio apenas um ano depois do nascimento, quando ele começou a ser acompanhado pelo Sarah. Desde então, evoluiu muito. Aos dois anos, engatinhou pela primeira vez e conseguiu elevar a postura.
“A princípio, foi um choque. Quando soubemos da situação, minha fortaleza foi minha família”, diz Jozilene. Letícia e Larissa, de 16 e 12 anos, têm uma forte conexão com o irmão. Por passarem muito tempo juntos, desenvolveram uma relação de afeto e atenção. “A mais velha é como outra mãe para ele. Quando estou no trabalho, ela sempre o acompanha em casa, brinca com ele. São muito unidos.”
Não quero que ele seja tratado de forma diferente. Apenas no que precisa, no que diz respeito às necessidades especiais. Do contrário, o tratamento deve ser igual: nas brincadeiras e nas broncas. Ele é uma criança muito capaz e inteligente.
Jozilene Cidéia, mãe de Nícolas
Além de muito querido pelos amigos e familiares, Nícolas aproximou as pessoas de seu convívio. “Ele veio para mudar muita coisa para melhor. Não é a toa que chamamos ele de ‘sol’ da nossa vida”, afirma a mãe. A avó materna do menino esteve afastada por muito tempo dos parentes, mas, com a chegada do novo neto, as relações foram restabelecidas. “Antes ela não ia lá em casa, agora, vai todos os dias. A ligação dos dois é impressionante”, alegra-se, Jozilene.
Para a cirurgia, a Rede Sarah reforça a importância das doações para reabastecer o banco de sangue do hemocentro.
Requisitos para doar sangue:
– Estar em boas condições de saúde;
– Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos;
– Pesar pelo menos 50 kg;
– Ter dormido no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas;
– Estar alimentado e evitar comidas gordurosas nas 4 horas anteriores à doação;
– Apresentar documento original com foto recente;
– Não ter feito tatuagem, piercing ou tatuagem definitiva nos últimos 12 meses;
– Não ingerir bebida alcóolica ou praticar exercícios físicos 12 horas antes da doação.
Fundação Hemocentro de Brasília
Endereço: Setor Médico Hospitalar Norte, Quadra 3, Bloco A – Asa Norte
Telefone: 160 opção 2 ou 3327-4447
Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 7h às 18h