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Negada internação compulsória a homem que tentou invadir escola no DF

A Justiça entendeu que Edílson Meneses Cruz, 49 anos, só pode passar pelo procedimento se houver pedido com laudo médico

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pedacinho do céu, abuso, suspeito, detido
1 de 1 pedacinho do céu, abuso, suspeito, detido - Foto: Reprodução

A família do homem que tentou invadir a escola Pedacinho do Céu da Asa Norte na semana passada pediu a internação compulsória de Edilson Menezes Cruz, 49 anos, mas teve a tentativa frustrada. Apesar da alegação de que o ex-policial civil sofre de esquizofrenia, o juiz de plantão Pedro Matos de Arruda entendeu que só é possível a internação involuntária mediante pedido médico. Para o magistrado, não cabe à Justiça determinar a medida sem a avaliação de um profissional da medicina.

Edilson Menezes, que teria problemas mentais, foi detido pela Polícia Militar na última sexta-feira (8/2), suspeito de tentar invadir a escola infantil. Ele foi levado para 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), transferido à 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) e, posteriormente, deu entrada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

De acordo com informações da Secretaria de Saúde, Edilson foi atendido na unidade de saúde, inclusive por um psiquiatra, que indicou a internação. Porém, não há vaga disponível. “Quanto a internar o paciente, o Hran informa que não há, no momento, leito disponível na Clínica Médica nem na psiquiatria. Tão logo haja lugar, ele será encaminhado”, informou.

Ainda segundo a pasta, o caso é tratado com a maior celeridade possível. De acordo com a Portaria n° 385 da Saúde Mental, do Ministério da Saúde, os pacientes deverão receber avaliação clínica para verificação de comorbidades. Após essa checagem, é decidida pela internação ou não em uma unidade especializada. Contudo, hoje não há disponibilidade no Hran, no Instituto Hospital de Base nem no Hospital São Vicente de Paulo, em Taguatinga Sul.

Condenações anteriores

Edilson já foi condenado na Justiça e expulso da Polícia Civil. Em novembro de 2015, ele se dirigiu a duas meninas, uma de 11 e outra de 15 anos, em uma parada de ônibus na Via Estrutural e começou a falar sobre a própria vida sexual. Em seguida, tirou o pênis da calça, mostrou às garotas e disse: “Viu como é grosso?”. No dia seguinte, avistou uma das meninas e insistiu que ela o acompanhasse até sua casa e lhe desse o número de telefone.

Na sentença que condenou o ex-policial por crime contra a dignidade sexual, o juiz fixou pena de 5 meses e 30 dias de prisão em regime aberto mais multa.

Em um dos vários processos aos quais já respondeu, ele chegou a ser classificado com “insanidade mental”. Ainda tramita contra Edilson, na Vara Criminal do Núcleo Bandeirante, uma ação na qual é acusado de estupro de vulnerável.

A Pedacinho do Céu divulgou nota na qual informa ter contratado mais um porteiro e um segurança para fazer rondas ao redor da escola durante a semana. Também fechou o portão de acesso à 108/308 Norte. A porta principal da escola agora permanece trancada, exceto nos horários de entrada e saída dos alunos.

Expulsão da PCDF
Em 2001, Edilson Menezes Cruz foi expulso da PCDF por infringir a lei que dispõe sobre o regime jurídico dos policiais civis. A demissão foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal do dia 28 de janeiro daquele ano.

Conforme o processo que resultou na condenação, ele havia cometido infração que prevê pena demissória, “visto ter praticado fatos que configuram comprometimento da função policial, descumprimento de lei, uso indevido de arma de fogo confiada para o serviço, exercício de atividade privada estranha ao cargo policial e improbidade administrativa”.

A reportagem não conseguiu contato com Edilson para comentar as denúncias.

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