“Não temos conseguido dormir”, diz pai de jovem do Lago Sul que sumiu
Luana Vitória Silva de Sá, 14 anos, não dá notícias à família desde o dia 22 deste mês, após sair de casa para ir à escola
atualizado
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O desaparecimento de Luana Vitória Silva de Sá, 14 anos, já dura uma semana, para desespero da família da adolescente, que mora no Lago Sul. O caso é investigado pela Divisão de Repressão a Sequestro da Polícia Civil do Distrito Federal. Até agora, a única pista recebida pelos parentes, de que a menina estaria em São Sebastião, era falsa.
Ao Metrópoles, o pai da estudante, o vigilante Wellington Rosa da Silva, 45, contou que a filha jamais havia ficado tanto tempo sem dar notícias aos familiares e não tem histórico de rebeldia. “Nunca saiu de casa sozinha”, relatou.
De acordo com o Wellington, o caso tem tirado o sono e causado dor à família. “Minha mulher, mãe da Luana, está muito abalada. Não temos conseguido dormir”, lamentou. A garota foi vista pela última vez às 11h do dia 22 de agosto, uma quarta-feira, após sair de sua residência, no Condomínio Solar da Serra, na Quadra 1, Lote 15, do Lago Sul. Ela vestia calça legging preta e agasalho vermelho, de capuz, e calçava tênis de cor clara.
Na ocasião, um ônibus buscou Luana em casa, para levá-la ao Centro de Ensino Fundamental 6 de Brasília (CEF 6), onde a menina estuda. Porém, a aluna não desembarcou na escola, localizada na QI 15 do Lago Sul.
“Moradores do condomínio que pegaram o ônibus com ela disseram que a adolescente desceu na QI 27. Depois, seguiu, também de ônibus, para a rodoviária [do Plano Piloto], de acordo com conhecidos que estavam no veículo com ela”, relatou o pai de Luana. Segundo ele, desde o dia do desaparecimento, a garota está incomunicável. Não retorna contato feito por chamadas ou mensagens de texto.
Wellington não crê na possibilidade de sequestro e demonstra otimismo em encontrar a filha saudável e em breve. “Acredito que alguém fez a cabeça dela para sair. Deve estar na casa de alguma amiga”, disse. De acordo com ele, Luana jamais falou à família sobre relacionamentos amorosos. O pai a descreveu como “carinhosa”, “muito quieta” e “com poucos amigos”.
Apesar disso, Wellington notou mudança de comportamento de Luana nas últimas semanas. Conforme informou, ultimamente a filha permanecia reclusa no próprio quarto “por muito tempo”, mexendo no celular.
A PCDF pede a colaboração da comunidade para solucionar o caso. Para isso, disponibiliza canais de denúncia anônima: há o 197 Denúncia On-Line (www.pcdf.df.gov.br), o telefone 197 – opção 0 (zero) – e o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br, além do número de WhatsApp (98626-1197).
Dados
No Distrito Federal, 2.767 pessoas desapareceram no ano passado – média de sete por dia –, de acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Segurança e Paz Social (SSP-DF). Dessas, 2.588 foram localizadas de janeiro daquele ano a março de 2018. Ou seja, 93,5% do total. Dos desaparecidos, 55% são do sexo masculino. A estatística mostra também que a maior parte deles (39%) tem de 12 a 17 anos.