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“Não queremos acusar ninguém. Queremos respostas”, diz irmã de advogado desaparecido no Lago Paranoá

Família de Carlos Eduardo Marano acompanha o 4º dia de buscas. A carteira e o celular da vítima foram entregues à Polícia Civil do DF

atualizado

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A família do advogado Carlos Eduardo Marano Rocha, 41 anos, desaparecido desde sábado (1º/8), quando participava de uma festa em duas lanchas no Lago Paranoá, acompanha o quarto  dia de buscas, comandado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e pela Marinha do Brasil.

As buscas que ocorrem nesta terça-feira (4/8) estão concentradas em uma área menor do que a de ontem, segundo o capitão Daniel Oliveira, do Corpo de Bombeiros, que comanda as operações. “Vai descer uma dupla de mergulhadores, passaremos o sonar, entre outras ações. Estamos usando cinco técnicas simultaneamente”, conta Oliveira.

Os bombeiros retomaram as operações de busca às 6h30 desta terça. Com 18 militares e um cão farejador, os socorristas refazem todo o percurso seguido pela lancha no dia da festa. Quatro motos aquáticas estão nas águas do Paranoá, onde tentam localizar o advogado. Além do CBMDF, quatro militares da Marinha do Brasil auxiliam nas buscas.

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Ao todo, 22 militares atuaram nas investigações desta terça-feira (4/8)
Bacco, cão farejador do CBMDF, participou no quarto dia de buscas pelo advogado desaparecido no Lago Paranoá
Mergulhadores participaram da operação
Jet-skis, botes salva-vidas, helicóptero e até sonar (foto) foram utilizados
Bacco, cão farejador do CBMDF, participa no quarto dia de buscas pelo advogado desaparecido no Lago Paranoá
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Bombeiros localizaram o corpo do advogado do DF

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Ao todo, 22 militares atuaram nas investigações desta terça-feira (4/8)

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Bacco, cão farejador do CBMDF, participou no quarto dia de buscas pelo advogado desaparecido no Lago Paranoá

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Mergulhadores participaram da operação

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Jet-skis, botes salva-vidas, helicóptero e até sonar (foto) foram utilizados

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Bacco, cão farejador do CBMDF, participa no quarto dia de buscas pelo advogado desaparecido no Lago Paranoá

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Irmã do advogado que estava desaparecido

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Empresa onde o advogado trabalhava lamentou a morte dele

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Carlos Eduardo Marano foi visto pela última vez no sábado (1º/8)

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Família

A irmã do advogado veio do Rio de Janeiro, onde mora, para acompanhar o trabalho dos militares e dar apoio emocional aos pais. Segundo ela, ninguém dorme desde que o irmão misteriosamente desapareceu.

Segundo os mergulhadores, a falta de informações precisas sobre o local em que o advogado teria caído da embarcação dificulta a operação, uma vez que a área do lago é vasta.

“Meu irmão tem presença marcante. Como ninguém viu ele caindo? E o boné? Cadê esse boné, que a gente não sabe onde está? Disseram que encontraram o boné, mas ninguém sabe onde está”, disse a nutricionista.

A carteira e o celular de Carlos Eduardo foram encontrados no domingo e entregues à família. “Tentamos desbloquear o aparelho com as senhas que imaginávamos que poderiam funcionar, mas não deu certo. Entregamos, então, ontem [segunda-feira] para a polícia, na intenção de ajudar a descobrir se há algo que possa auxiliar nas buscas”, diz o cunhado do advogado, Leonardo Albuquerque.

Vídeos mostram os últimos momentos de Carlos Eduardo na lancha. Em duas imagens, o advogado é visto, ainda durante o dia. Numa das situações, ele está de pé, ao fundo da embarcação, dançando. Em outra, sentado, conversando com os amigos. “Não queremos acusar ninguém. Queremos respostas”, diz a nutricionista, que pede pra não ser identificada. Ela cobra a ajuda de amigos de Carlos Eduardo, que estavam na lancha na hora da festa. Até o momento, nem o piloto ou qualquer tripulante da lancha soube dizer a dinâmica do acidente.

A irmã de Dudu, como é chamado o advogado, pontuou que as pessoas que o acompanhavam no passeio podem colaborar tentando lembrar detalhes do acidente: o trecho em que ele caiu da embarcação; se o advogado bateu a cabeça na queda; e se, uma vez na água, foi visto nadando.

“Um amigo ligou para o irmão dele falando do desaparecimento. Vamos ficar até que ele seja encontrado”, disse a amiga, que “é quase irmã” de Carlos Eduardo, pois foram criados juntos.

Elas estão no Grupamento de Salvamento e Resgate, perto da Villa Náutica. “Não falaremos de culpa. Estava tudo certo com a lancha, lotação correta, piloto tinha habilitação”, listou a amiga. “Só queremos mesmo saber o que aconteceu e onde ele pode estar”, completou.

O caso começou a ser investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), mas agora é de responsabilidade da 10ª DP (Lago Sul). Alguns tripulantes da lancha e o piloto prestaram depoimento nessa segunda-feira (3/8).

Profissional

Carlos Eduardo é carioca e trabalha para o escritório paulista Leite, Tosto e Barros Advogados. Ele é separado, não tem filhos e mora no Noroeste. O advogado cuida das áreas de agências reguladoras, consumidor, contencioso e resolução de conflitos, além de contencioso estratégico em tribunais superiores.

Ele tem experiência profissional de 14 anos, mais especificamente sobre direito obrigacional, contratual, bancário, além de ter forte prática na realização de auditorias. Formou-se em direito pelo Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro) e fez pós-graduação em direito civil e processual civil pela Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e em direito público pela Fortium Cursos Jurídicos, no DF.

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