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“Não posso barrar professor que não quer ser vacinado”, diz secretária

Secretária de Educação do DF diz ter conhecimento de apenas um professor na rede que é antivacina, e que ele trabalha usando três máscaras

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Hélvia Paranaguá
1 de 1 Hélvia Paranaguá - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Professores antivacina poderão lecionar, normalmente, no retorno às aulas presenciais nas escolas públicas do Distrito Federal. As atividades nos colégios do DF voltarão a ocorrer de forma 100% in loco no próximo dia 3 de novembro, após o feriado de Dia de Finados. O ano letivo chega ao fim em 22 de dezembro.

Em coletiva de imprensa, ocorrida na manhã desta sexta-feira (29/10) no Palácio do Buriti, os secretários de Educação, Hélvia Paranaguá, e da Saúde, general Manoel Pafiadache, deram esclarecimentos sobre as regras de retorno às salas de aula no DF. Paranaguá disse que praticamente 100% dos educadores da rede foram imunizados.

Questionada sobre o retorno de professores antivacina às atividades presenciais, Hélvia disse que não pode impedir os profissionais de lecionar. “Ele volta para a sala de aula sabendo de todos os riscos. Mas a gente não pode impedir que o professor que não quer ser vacinado”, afirmou a secretaria.

A chefe da Educação no DF reforça que cada pessoa tem a liberdade para escolher se vai ou não receber a vacina. Sobre a quantidade de professores não imunizados por opção, Hélvia diz ter conhecimento de apenas de um caso na rede. O profissional de educação em questão leciona usando três máscaras, segundo ela.

A rede pública conta com 543 mil estudantes e 57 mil servidores. Segundo o governo, foram registrados neste ano, até o momento, 1.756 casos de Covid-19 na Educação do DF. Deste total, 790 foram estudantes, 453 professores e 513 demais profissionais.

Lei

“Essa obrigatoriedade (da vacina) não existe por lei. Nenhuma norma jurídica determina que o professor para atuar em sala de aula esteja vacinado”, ressaltou.

De acordo com Paranaguá, os educadores já estão em sala de aula, desde 5 de agosto. Por outro lado, pelas estimativas do governo praticamente 100% dos educadores da rede teriam sido imunizados.

Além disso, a pasta destacou que os protocolos sanitários contra a Covid-19 estão em vigor, a exemplo do uso obrigatório de máscara. E escolas possuem estrutura para garantir o distanciamento entre alunos e professores.

Saiba como as vacinas funcionam no organismo:

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Monitoramento

Será implantado um sistema de monitoramento de casos de Covid-19, em tempo real nas escolas do DF. A plataforma, elaborada pela Secretaria de Saúde, será utilizada também em colégios privados, futuramente.

Desenvolvida pela Coordenação Especial de Tecnologia de Informação em Saúde (Ctinf), a ferramenta vai comportar dados, com as informações inseridas diretamente pelos diretores das escolas.

A partir dos dados compilados pelas escolas, a Subsecretaria de Vigilância Sanitária (SVS) vai monitorar e controlar os eventuais casos. A ferramenta vai analisar, por exemplo, indicadores de contágio e contatos próximos do caso suspeito, além dos resultados dos exames. O sistema, que também poderá ser acessado e atualizado por tablets e celulares, entra em funcionamento no primeiro dia de aulas 100% presenciais.

Segundo o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, 806 instituições serão monitoradas. A proposta do aplicativo é garantir diagnóstico rápido, para que eventuais surtos não levem à interrupção das aulas. O uso de máscaras será obrigatório dentro dos colégios, inclusive no horário de intervalo.

O aplicativo também poderá servir como referência para a sanitização de escolas em casos de eventuais surtos. O GDF ainda vai definir as unidades de Saúde pública para onde serão encaminhados casos suspeitos de infecção. A informação será repassada automaticamente para o ponto de atendimento.

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